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16 de fevereiro de 2014

Ensino Médio - Entendendo um pouco mais a reestruturação do Ensino Médio

A fundamentação da relação da educação com o mundo do trabalho está expressa na LDB 9394/96 pelos artigos 22, 35 e especificamente sobre Educação Profissional integrada ao Ensino Médio o 36 B e C, cuja alteração veio com a Lei 11741/2008. Além disso, O CNE por seu Parecer 04/2010 no seu artigo 26 §1º, enfatiza para o ensino Médio, ... “uma base unitária sobre a qual podem se assentar possibilidades diversas como a preparação geral para o trabalho ou facultativamente, para profissões técnicas...”.
Cabe enfatizar que há uma consistente diferença entre os conceitos de mundo do trabalho e de mercado de trabalho, quando se vincula aos processos educacionais. A referência na Proposta do Ensino Médio Politécnico e Ensino Médio Curso Normal, explicita o relacionamento da educação com mundo do trabalho e apropriação crítica dos processos de produção, contextualizados social e historicamente. Da mesma forma, a Educação Profissional integrada ao Ensino Médio articula à formação técnica a formação integral.
Objetivos e caracterização
A perspectiva de resolução de problemas da realidade (conhecimento social) por meio do diálogo e da relação com os conhecimentos formais (conhecimentos universalmente sistematizados pela humanidade) tem sido considerada como uma prática pedagógica de vanguarda. A utilização da pesquisa sócioantropológica para desvelar a realidade e o trabalho coletivo dos professores, pela interdisciplinaridade, produzindo os reflexos da ação articulada dos diferentes conhecimentos por suas disciplinas e respectivas áreas, promove a necessária construção de conhecimento pelo aluno, capaz de transformar a realidade e, com isso, resolver problemas. Portanto, a interdisciplinaridade significa dialogo e articulação entre os conhecimentos disciplinares, fortalecendo cada disciplina e não fragilizando-as. Esse processo consegue conferir para o aluno a verdadeira apropriação de sua aprendizagem e significado aos conteúdos das disciplinas. Justamente por isso, não se trata de “dissolução de conteúdos e empobrecimento cultural”. Trata-se, sim, de um currículo que propõe a emancipação da cidadania.
Relação teoria e prática
A proposta curricular elege a prática de elaboração de projetos em Seminários Integrados, como estratégia de trazer o mundo real e dar vida aos conhecimentos formais. Dessa forma, impregna de significado o conhecimento, uma vez que ele é utilizado para resolver problemas da realidade e, desta forma, apropriado pelo aluno. O currículo está disposto, na sua totalidade, com as áreas de conhecimento e suas disciplinas estabelecendo as relações com a comunidade local e as conexões universais. Os blocos que constituem o currículo apenas indicam a ênfase que será dada para o processo de complexidade dos temas e questões tratados. Em síntese, é a aplicação do conhecimento que propicia a aprendizagem.
Princípios orientadores
Um dos princípios orientadores para a construção da proposta é a interdisciplinaridade e a relação com o mundo do trabalho não desvia o professor da disciplina ou área de atuação ou componente curricular para os quais é habilitado. Mas certamente o professor deve estar apropriado de como seu componente curricular se relaciona com os meios de produção ou com outros componentes curriculares.

(Parte do texto: Perguntas e respostas sobre a proposta do Ensino Médio Disponível em: http://www.educacao.rs.gov.br/pse/html/ens_medio.jsp?ACAO=acao1)

11 de fevereiro de 2014

6 de fevereiro de 2014

Educação no Campo - Currículo organizado por ciclos

Em janeiro passado, o Conselho Estadual de Educação (CEEd) aprovou o Regimento Escolar Padrão para as escolas do campo da rede estadual de ensino, com a nova proposta de organização do currículo, por ciclos de formação. O Regimento aprovado pelo CEEd serve para as escolas novas, até que estas construam seu próprio regimento, e, também, como referência para as escolas seriadas até que estas construam os seus regimentos, o que deverá acontecer ao longo de 2014.

O Regimento Escolar é o documento que define a organização e o funcionamento do estabelecimento de ensino, quanto aos aspectos pedagógicos, com base na legislação do ensino em vigor (Resolução CEEd n.º 236/98 - Regula a elaboração de Regimentos Escolares de estabelecimentos do Sistema Estadual de Ensino).

As escolas que adotarem o Regimento Escolar Padrão iniciam o ano de 2014 com o currículo organizado por ciclos. As demais escolas passam a ofertar os ciclos a partir da construção dos respectivos regimentos. Ao aprovar o Regimento Escolar Padrão, o CEEd corrobora a proposta de reestruturação curricular do Ensino Fundamental das escolas do campo da Secretaria de Estado da Educação, que prevê a substituição da organização do ensino por séries pelos ciclos de formação.

De acordo com a coordenadora de Gestão da Aprendizagem da Secretaria de Estado da Educação (Seduc/ RS), a ideia construída pela Seduc organiza o currículo em três Ciclos de Formação, cada um com três anos ininterruptos. No total, o currículo tem nove anos, com um período de transição do sistema de ensino, das séries para os ciclos, mantidos, no mínimo, os 200 dias letivos e as 800 horas/aula.

Ester Soares explica que a transição se dará na totalidade de cada Ciclo de Formação e na equivalência com a fase de desenvolvimento e de escolarização em que se encontram os educandos no momento da implantação do novo Sistema Curricular. A coordenadora da CGA enfatiza que o sistema de ensino seriado deixará de existir a partir da homologação dos novos Regimentos das escolas e de sua implementação, a partir de 2014. Até o final de 2016, completa-se o Ciclo de Formação, para os estudantes que ingressarem nas escolas que adotarem os ciclos em 2014.



Há três anos a Seduc vem trabalhando a formação dos conceitos da proposta: avaliação emancipatória, currículo interdisciplinar, pesquisa e organização curricular nas quatro áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas).

O novo sistema curricular será implantado nas 670 escolas do campo da rede estadual, mais as 46 escolas de assentamento. De acordo com o Censo Escolar da Educação Básica de 2012, estudam nas escolas do campo estaduais 204.678 estudantes, a maioria em Ensino Fundamental (169.727). Os demais estão no Ensino Médio (11.967), creche e pré-escolar (1.291 e 14.367, respectivamente), 3.657 na Educação Profissional e 3.562 na Educação de Jovens e Adultos. Também há na rede 101 alunos incluídos.

Base Legal
A base legal que sustenta a organização por ciclos inclui o art. 23 da Lei de diretrizes e Bases da Educação (LDB – Lçei 9394/96), que explicita que a educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar, além da Resolução nº 7/2010 do Conselho Nacional de Educação, que fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.

Os ciclos
1º Ciclo de Formação – Segunda Infância - Caracterizado pelo agrupamento de crianças de 6, 7 e 8 anos de idade e em processo de alfabetização e letramento. O atendimento pedagógico se caracteriza pela unidocência.

2º Ciclo – Terceira Infância ou Pré-Adolescência - Crianças de 9, 10 e 11 anos de idade. O atendimento pedagógico neste ciclo caracteriza-se pela concentração de áreas (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas), ou seja, um professor para cada duas áreas do conhecimento.

3º Ciclo – Adolescência - Caracterizado pelo agrupamento de adolescentes de 12, 13 e 14 anos de idade. Centralidade curricular se dá pelo processo de formação humana e aprofundamento, consolidação e sistematização da aprendizagem desencadeada nos Ciclos anteriores. O atendimento pedagógico é feito a partir das áreas do conhecimento e seus componentes curriculares.


(Disponível: http://www.educacao.rs.gov.br)