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16 de outubro de 2016

O lúdico em sala de aula

O brincar é essencial para o ser humano. Ao brincar a criança se aproxima do não real sendo isto  importante para que ela possa distinguir o real do imaginário. É na brincadeira através da interação com o outro, que a criança aprende a se construir como um ser social. Realizar atividades  lúdicas promovem o desenvolvimento social e cognitivo além de ser prazeroso.
Como a diversidade se faz presente na sala de aula em todos os níveis da Educação Básica, alunos com dificuldades em aprender, bem como crianças deficientes fazem parte deste universo heterogêneo. Assim, inserir no planejamento pedagógico atividades que envolvem  a lúdicidade, torna-se essencial para que o conhecimento seja construído de forma prazerosa e promova as aprendizagens de todas as crianças, sendo elas deficientes ou não; com ou sem laudos, com dificuldades de aprendizagens ou crianças que apresentam um ótimo desenvolvimento cognitivo.
E, além de se inserir todos alunos, ao se aprender brincando, aprende-se com prazer, aprende-se incluindo.
Referência:
Brasil. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional.Pacto nacional pela alfabetização na idade certa. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. -- Brasília : MEC, SEB, 2012.

13 de outubro de 2016

A escola pensada no coletivo

É  importante que a escola se perceba como um espaço de mudanças e o de vir a ser um espaço realmente democrático, onde  as decisões  sejam construídas no coletivo através de  diálogo. É nas trocas, nas concordâncias e discordâncias que ocorrem quando o coletivo se une, nas relações que se fazem  neste ambiente, que a escola se apresente como um espaço efetivamente democrático. Trazer a comunidade para dentro da escola é bem mais do que uma chamada pelos responsáveis dos alunos para a entrega das notas e que ocorrem a cada final de trimestre. Contudo, também  não bastam as decisões partirem dos professores nas conversas ou discussões que fazem  nas reuniões pedagógicas, isto quando elas ocorrem, por que em muitas situações  chegam a conclusões, nos corredores ou na sala dos professores.

A escola que temos é a escola que fazemos e acredito que  esta construção inicie no momento em que o coletivo, professores, alunos e sociedade pare para refletir sobre suas ações, como sujeitos  de mudanças, ativos e participativos. 

Projeto Político Pedagógico - PPP

O PPP  de uma escola traz o contexto social que esta escola está inserida,  as concepções que seus professores tem do ensinar e aprender, a forma como a sociedade escolar se coloca diante dos fazeres pedagógicos, a interação dos alunos nos espaços escolares e como a equipe gestora conduz suas ações.
Desta forma,  algumas escolas tem o diálogo, a participação da coletividade: direção, professores, alunos e comunidade como preponderante tanto na criação de seus documentos, como também nas práticas educativas. 
No entanto, ainda que e a escola saiba que seu  projeto pedagógico deva ser construído com a participação coletiva, é muito difícil que assim ela o faça caso a gestão não tenha uma  concepção de educação aberta e democrática. Não basta realizar reuniões com os professores, chamar os pais e responsáveis ou os professores coordenadores de turma para que os gestores levem em conta as ideias e argumentos destes segmentos. Para que aconteça um diálogo é preciso que todas as partes envolvidas se escutem  e respeitem as diferentes ideias.
Uma gestão que não sabe ouvir faz com que seus professores, pais e alunos tenham dificuldade em falar e se expor.
Assim, vemos muitos dos PPP com um discurso democrático porém na prática não é isto que constamos.

Acredito que é preciso que se mude a forma como se dá a comunicação entre gestão, professores, alunos e comunidade, pois se as diferentes opiniões não são levadas em conta na ocasião da elaboração dos planejamentos escolares, desde o plano com as ações em sala de aula ao PPP, a escola não evidencia uma construção democrática e nem participativa e o diálogo passa a ser apenas um monólogo de uma das partes. 

Coordenador Pedagógico

Falar em Coordenação Pedagógica é também falar na Supervisão escolar, função que precede à Coordenação Pedagógica. Criada na década de 70, com o objetivo inicial de controlar e inspecionar as ações dos docentes, modificou-se com o passar dos anos.  Atualmente a função de supervisor tornou-se mais complexa, tendo que este profissional tratar da orientação, formação e acompanhamento do trabalho pedagógico de todos os docentes da escola. Confundindo-se com o papel de Coordenador Pedagógico, que surgiu com o intuito de trabalhar as ações pedagógicas dos professores e assim melhorar a aprendizagem das crianças, nas escolas a figura do Supervisor/ Coordenador Pedagógico, por não estar seu papel bem definido, executam tarefas diversificadas no âmbito escolar.
Assim, resta ao Coordenador junto aos professores, pouco tempo para desenvolver formações e elaborar estratégias pedagógicas que atendam aos alunos, respeitando as especificidades de cada turma.
Para tanto, primeiro faz-se necessário que o Coordenador compreenda seu papel junto aos docentes, e promova tal compreensão e conhecimento de suas reais funções na escola como um todo. E não se detendo a realizar tarefas que não são de sua função como Coordenador Pedagógico, poderá realizar as formações que são de suma importância para que a educação seja efetivamente de qualidade.
As formações com os professores deverão ser sistemáticas, não se esgotando somente em um ano letivo e envolvendo a participação de todos. Para isto é preciso que conheça  sua equipe de professores, bem como os alunos e o contexto escolar como um todo,  aproprie-se das prioridades e realidade da sua escola. E, em seu planejamento contemple ações que façam destes encontros momentos de reflexão com certeza, sem deixá-los de ser prazerosos, envolvendo atividades que estimulem em cada professor, o querer crescer como indivíduo e como profissional, buscando respostas às questões de aprendizagem e atendendo as múltiplas identidades que se apresentam no âmbito escolar.
Este perfil, o de um educador que busca por respostas, que questione o que está posto e que crie soluções para as múltiplas situações que envolvem a sua prática docente, é como afirma Corazza (2001, p.13), um professor é um pesquisador, onde a própria ação de ensinar é por si só um ato de pesquisa.
Contudo na atualidade, com o avanço tecnológico, com a facilidade e quantidade de informações e das múltiplas identidades que se apresentam na sala de aula, muitas vezes o educador, ao não entender esta realidade, torna a sua ação de ensinar distante do aprender. Por não compreender esta geração, que está mais ativa e mais informada, independente da qualidade que tem esta informação, o professor não consegue manter um diálogo com sua turma e tendo seu trabalho pouco reconhecido, torna-se frustrado e desestimulado.
Por não mais saber como e o que ensinar, tenderá a buscar por respostas prontas e por métodos descontextualizados, e distantes da realidade de seus alunos tornando a sua aula cada vez mais desestimulante, e como em um movimento circular, o professor frustado continua com suas aulas descontextualizadas e desinteressantes.
 Desta forma, torna-se preponderante o papel do Coordenador Pedagógico para modificar tal situação. Tendo como função principal a de subsidiar este professor, o Coordenador precisa realizar reuniões pedagógicas, para que nelas ele possa argumentar com o corpo docente a necessidade de se compreender o contexto em que seus alunos estão inseridos, para que eles possam planejar as suas ações em consonância com as reais necessidades dos educandos.
Elaborar formações com embasamento teórico, que levem a reflexão do papel do professor  na contemporaneidade, reconhecer as necessidades de sua equipe docente, elaborar atividades que favoreçam a autoestima dos professores, fazer uma reflexão com o grupo de que toda a mudança, apesar de necessária causa insegurança e de que é na coletividade, no diálogo que existe e  na interação que se faz, que poderão com mais facilidade, constatar as necessidades alicerçadas no real, bem como encontrar possíveis soluções para situações que perturbam toda a equipe. 
É preciso que o corpo docente da escola se perceba uma equipe e como um só conjunto, crie  possibilidades que possam orientá-los a exercer sua prática docente de forma mais significativa, tanto para os alunos como para eles próprios.
Desta forma, tanto os professores quanto o Coordenador Pedagógico, precisam se perceber como um educador pesquisador, atuantes no contexto educacional, e não mais passivos  encontrar respostas para o ato de educar, formulando atividades em seu planejamento que desenvolvam as aprendizagens de todos, reconhecendo  e respeitando as diversidades de saberes.
É a busca por um fazer diferente, por um olhar atento as possibilidades e necessidades de sua equipe de professores, por evidenciar o diálogo como fio condutor, por promover a interação entre todos os educadores evidenciando um trabalho na coletividade e por compreender os diferentes ritmos e formas de se aprender, que estas características subsidiarão as ações da Coordenação Pedagógica.
Para tanto, faz necessário que a concepção do educar e do aprender do Coordenador venha ao encontro de uma prática emancipatória e democrática, para que ele possa levar o professor a se perceber agente de mudança, concebendo uma educação cujos conteúdos estão intrínsecos nas aprendizagens. Que este educador, ao refletir sobre sua prática em sala de aula, possa promover em seus alunos a autonomia, o querer conhecer e aprender, onde o diálogo e os questionamentos permeiam todas as suas ações pedagógicas. Que ele também,  possa inserir em seu planejamento não os conteúdos fechados e programados desde o início do ano, mas projetos de estudos que  partam do interesse sendo planejados e construídos pelos alunos.
Que o Coordenador, ao realizar uma formação reflexiva e ativa com seus professores, contribua com as ações que serão desenvolvidas em sala de aula, evidenciando no processo educativo uma prática significativa para todos, alunos e professor. 
  

Referências

CORAZZA, Sandra Mara A formação do professor-pesquisador e a criação pedagógica. Revista da FUNDARTE. - ano.1, v. 1, n.1 (jan.-jun. 2001) -Montenegro : Fundação Municipal de Artes de Montenegro, 2001

Na sala de aula...

É na escola e na interação social que ela proporciona que a criança aprende a se tornar autônomo e a ser capaz de exercer esta autonomia com responsabilidade. (MARQUES, 2015)
Iniciei esta atividade com esta frase, por acreditar que as ações pedagógicas a serem desenvolvidas em sala de aula, não se referem somente ao planejamento da professora quanto as atividades que realizará com seus alunos. Pensar em um ambiente de aprendizagem é também pensar nas trocas sociais, cognitivas e psicológicas que os alunos fazem ao interagir com todo o espaço escolar.
Desta forma, acreditando que a criança constrói seu conhecimento tanto do “conteúdo” escolar como também do mundo, acredito em um ambiente onde o diálogo entre todos se realize de forma a se respeitar a diversidade do aprender, do ser e dos saberes que permeiam os espaços escolares.
Nestes últimos três anos,  conheci muitas salas de aula e pouco percebi deste diálogo ocorrendo. Vi professores preocupados em desenvolver os conteúdos programados desde o início do ano, como se apreender tais conteúdos fosse o único objetivo da escola. Não percebem que a aprendizagem deveria ser a base para se encontrar o conteúdo e de que isto deveria vir do interesse destes alunos.
Poucos professores acreditam no trabalho em grupo e na interação que esta forma de se conviver pode promover e com isto se vê alunos sentados uns atrás dos outros, enfileirados como se assim posicionados, pudessem ficar atentos ao professor. Estes educandos afirmam terem medo de um fazer diferente, pois as crianças ficam de conversas sobre assuntos diversos sem prestar atenção a aula que acontece na frente. Poucos são aqueles que se permitem experimentar e se assim o fizessem perceberiam que a agitação é porque estes alunos não estão acostumados a interagir entre eles com o objetivo de trabalhar uma matéria em sala de aula.
As paredes, quando decoradas com trabalhos que a turma realiza, na maioria das vezes feita por crianças dos anos iniciais, pinturas em desenhos previamente copiados. Poucos são os trabalhos com autoria e que represente a diversidade de assuntos que podem ser trabalhados em uma mesma aula. Pouco se vê na decoração da sala de aula a identidade da turma.
E sentados uns atrás dos outros, em uma sala de aula pouco estimulante ao querer aprender, esquecidos do “perguntar” que toda a criança faz desde antes mesmo de entrar na escola, com um professor de costas passando a matéria em quadro de giz ou em um mais moderno como o quadro branco, não resta-lhes muito a fazer: agitam-se na maior bagunça, brigam uns com os outros, trocam mensagens no celular ou simplesmente viram a cadeira e ficam de conversas com os colegas de seu entorno. Aqueles que acreditam que a escola deva ser assim e pouco refletem em um fazer pedagógico diferente, tentam em vão entender a matéria exposta no quadro ou em um livro didático sendo lido por dois alunos, já que não têm o bastante para serem distribuídos um para cada um da turma. E quando o professor é um daqueles que afirma ter controle sobre a turma, que fala mais alto e que exige uma organização quase que militar com seus alunos, estes, mesmo que parecendo atentos, apenas decoram a matéria sem nunca saber para que servirá em sua vida aquele determinado conteúdo.
Ao se chegar à sala da Direção ou da Supervisão, muitos celulares retirados dos alunos com a alegação dos professores de deixá-los desatentos ou de preocuparem-se somente com as conversas nas redes sociais. Contudo, o mesmo professor que retirou o aparelho do aluno alegando proibição, atende a chamada em sala de aula sem se preocupar em dar qualquer explicação de necessidade para a turma, ou pensa que ninguém percebe quando o faz nos corredores, realizando ou atendendo chamada e até mesmo interagindo nas suas redes sociais.

É preciso que a própria escola se perceba como realmente é, que reflita sobre suas ações e principalmente que aprenda a ter o diálogo como seu primeiro princípio, não só no seu PPP, mas no seu dia a dia. Quando a escola conseguir falar a mesma linguagem que as crianças e jovens, quando souber ouvir o coletivo, quando se inteirar do contexto social em que seus alunos estão inseridos, quando considerar o afeto e acreditar que todos são capazes, quando conceber uma educação que tenha como base as aprendizagens e não aqueles conteúdos fechados e pouco flexíveis, teremos assim, uma escola que concebe uma educação para todos, uma escola que age para a diversidade, enfim, uma escola participativa, afetiva e democrática.