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25 de março de 2014

Alfabetizar com que letra?

Por que as crianças devem aprender a escrever com letra de fôrma para depois passar para a cursiva?
( Texto de Beatriz Vichessi retirado da Revista Nova Escola)


Esta escolha está relacionada ao processo de construção das hipóteses da escrita. Durante a alfabetização inicial, os pequenos trabalham pensando quais e quantas letras são necessárias para escrever as palavras. As letras de fôrma maiúsculas são as ideais para essa tarefa, já que são caracteres isolados e com traçado simples - diferentemente das cursivas, emendadas umas às outras. O aprendizado das chamadas "letras de mão" deve ser trabalhado com crianças alfabéticas, que já têm a lógica do sistema de escrita organizada. Antes de estarem alfabetizadas, elas entram em contato naturalmente com as letras cursivas e as de fôrma minúscula e até podem ser apresentadas a elas, desde que tal contato fique restrito à leitura.

14 de março de 2014

Jogos no computador: Uma aprendizagem prazerosa

A utilização de um jogo educativo no computador deve ser vista como uma ferramenta que auxilia a aprendizagem, vinculada ao trabalho realizado em sala de aula.  Para tanto é necessário constar no planejamento pedagógico  não somente  quais objetivos como também quais softwares a serem utilizados.

Saliento alguns requisitos que poderiam orientar a ação pedagógica na  escolha dos jogos de computador. Os mesmos precisam:
  • Ter objetivos definidos;
  • Fazer uma relação com o conteúdo de sala de aula;
  • Ter um vocabulário adequado a série/idade que o jogará;
  • Apresentar um feedback (resposta de acerto ou erro);
  • Ter uma interface amigável;
  • Permitir tempo suficiente de exibição das telas;
  • Promover a possibilidade de trabalho interativo (autonomia do aluno)
O professor tem um papel importante neste processo intervindo quando necessário. O trabalho nos laboratórios de informática torna-se além de divertido (quem não gosta de jogar?!) uma construção de novas aprendizagens.
Leony Cananéa

7 de março de 2014

Aprendizagem segundo Carl Rogers

( Esta postagem é uma síntese do artigo de Henrique Justo)

          Nossas ações estão em conformidade com nossa concepção de vida, de como vemos o homem e de como nos vemos como homens. Nessa imagem entram elementos filosóficos e psicológicos e como todos o educador também tem sua imagem do funcionamento e estrutura do homem, neste caso do aluno.
          Para Ito (1971) segundo Justo  “Todos os modos de proceder da nossa sociedade são determinados pelo ponto de vista que adotamos a respeito do homem [...] Em outras palavras: todas as estruturas humanas e suas funções atuam em função da teoria da pessoa.” (ITO, 1971 In Justo p. 95).
        Sendo assim, a ação do professor a metodologia que usara em sala de aula, está diretamente ligada à sua percepção psicológica do aluno.
         A visão de Carl Rogers baseia-se na filosofia de que existir supõe relações e de que cada um tem um modo peculiar de ser no mundo. Para ele, eis quatro princípios da educação ensino-aprendizagem:

  • O ser humano possui natural possibilidade de aprender -  As condições ambientais irão favorecer a tendência natural de toda criança em querer conhecer, explorar, conferir.
  • A aprendizagem ocorre facilmente quando é significativa para o aluno – O educando se interessa por conhecer quando percebe que aquela  aprendizagem tenha algum valor para ele.
  • A maior parte das aprendizagens significativas são adquiridas através da prática – Como exemplo o autor cita o manejo com as tecnologias de comunicação como computador e celular, por parte das crianças e adolescentes.
  • Quanto maior a participação espontânea do aluno na aprendizagem mais rápida e facilmente ocorre o processo de aquisição de novos conhecimentos – Dramatização, jogos, dança... são exemplos clássicos.
          Para Rogers, a Educação deve oferecer aos alunos meios e oportunidades para se tornarem pessoas capazes de: decisões pessoais, responsabilidade, escolhas inteligentes, tornarem-se criticas, resolverem problemas utilizando-se de formas livres, criativas pertinentes às suas experiências, cooperarem com outros em diferentes atividades.
          O autor identifica três qualidades abrangentes para que o professor possa ter sua ação pedagógica centrada no aluno.
          Ter domínio de conteúdo e da situação escolar agindo com segurança de ser quem é. O professor deverá ser autêntico consigo mesmo para depois expor aos alunos seus limites, suas dificuldades, seus defeitos e qualidades. Para Rogers, esta transparência conquistará a confiança e respeito das crianças e adolescentes.  
          Ter apreço incondicional, isto é, tratar a todos com afeição indistintamente tendo carinho pelo estudante, pelo que ele representa, aceitando-o como pessoa real, com defeitos e qualidades.
          Compreender de forma empática, possuindo uma capacidade de entender o aluno do seu ponto de vista, pondo-se mentalmente na perspectiva do educando em seus sentimentos em relação a situações favoráveis ou frustradoras.
          Neste ponto vista, o papel do professor passa a ser diferente do que na didática tradicional. Em vez de apresentar seus conhecimentos aos alunos em aulas expositivas impostas por ele, o professor passa a posição de facilitador da aprendizagem dos educandos. E é nesta posição de facilitador, que demonstrará confiança nas potencialidades e capacidades do aluno ao que se refere o caminho por ele escolhido para sua própria aprendizagem.
         Desta forma para Rogers, a sala de aula terá vida onde os alunos terão liberdade de expressão, curiosos em buscar por novas aprendizagens e sem a preocupação de uma avaliação, pois na aprendizagem centrada no aluno, ele é quem se torna gestor de seu próprio processo de busca do conhecimento.

Referências: 
JUSTO, Henrique.  Aprendizagem centrada no aluno In Psicologia e Educação. SARMENTO, Dirléia Fanfa (Org.) Canoas: Salles Editora, 2008.