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18 de agosto de 2013

Inclusão na sala de aula


Uma joaninha diferente

Era uma vez uma joaninha que nasceu sem as bolinhas. As outras joaninhas a consideraram uma impostora. Afirmavam que por ela ser diferente não tendo bolinhas, não era uma joaninha verdadeira.
Acreditando nisto queriam expulsá-la do jardim onde moravam.
A joaninha queria voltar a fazer parte daquele jardim. Porque suas colegas não a deixavam ficar? Só porque ela era diferente? Sem as bolinhas, ela não era mais uma joaninha? Quem ela seria então?


Desde que a obrigatoriedade escolar foi incluída em nossa legislação, como a joaninha da história que não era reconhecida pelo seu grupo, as crianças e jovens deficientes também não eram reconhecidos como fazendo parte do grupo dos “educáveis”. Sendo assim, era-lhes negado o direito de frequentar qualquer tipo de instituição educacional e por serem consideradas fora de um padrão de “normalidade” eram excluídas dos bancos de sala de aula, sendo segregadas em casa ou em instituições especiais.
A principio tais classes eram formadas sob a influência médica ou clínica que determinavam o grau de comprometimento físico ou mental de cada criança. Com isto, não era raro uma organização homogênea com turmas de mesmo comprometimento patológico onde, conforme a gravidade dos casos, o fazer pedagógico estava atrelado às ações terapêuticas.
Mudanças se faziam necessárias. O modelo clínico que definia a incapacidade de determinadas crianças e jovens, e que os classificava como deficientes: mental, físico, auditivo ou visual, tornava-se incompleto. Por não haver uma homogeneidade nos portadores de deficiência ainda que pertencentes a um mesmo grupo com semelhantes características, a diversidade nas classes especiais era evidenciada. Por que então não tentar integrá-los ao sistema regular? Assim, ainda que de maneira não uniforme entre os países, a educação das pessoas com deficiência ou com necessidades especiais em escolas de ensino regular, fazia despontar um novo paradigma na história da educação, o da: Inclusão.

Inclusão no Brasil
No Brasil as questões da inclusão no campo da educação, vêm ganhando espaço a partir da década de 90. Até então as políticas adotas referentes a Educação Especial, eram insuficientes e estigmatizadoras, já que segregavam as crianças ou jovens portadores de necessidades especiais, em escolas ou instituições especializadas, não havendo uma participação efetiva no ensino regular
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96, no capítulo V, com o objetivo de reverter tal situação, volta-se para educação especial e, ainda que com determinadas imprecisões e indefinições, procura assegurar o atendimento dos alunos portadores de necessidades especiais em escola regular. Assegura ainda, que quando da impossibilidade de integração nas classes comuns de ensino regular, a criança ou jovem deverá ser atendido em classes, escolas ou serviços especializados. Desde então, muitas discussões ocorreram mobilizando grande parte dos pensadores em educação. Uma das medidas tomadas, permitindo a efetiva implantação da educação inclusiva no Brasil, foi decorrente do Parecer CNE/CEB nº 17 de 2001. Este inspirou a Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, do Conselho Nacional de Educação que fixou parâmetros para a oferta da educação especial no Sistema Nacional de Ensino, confirmando o “atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular em qualquer etapa da Educação Básica”. (MEC, Art. 7º, 2001, p. 2).

Inclusão no RS
O Conselho Estadual de Educação do Estado (CEED), do RS, com o objetivo de orientar a implantação das normas que regulamentam a Educação Especial e sua aplicabilidade no Sistema de Ensino do estado, com base na Resolução CNE/CEB nº 2 de 2001, fixou os parâmetros através do Parecer nº 56/2006. Este parecer reconhece a diversidade, e para tanto, a necessidade de haver condições diferenciadas para o processo educacional.

Este texto faz parte do Trabalho de Conclusão do Curso de Pedagogia da UFRGS e pode ser encontrado na Biblioteca da FACED, UFRGS.

17 de agosto de 2013

Em sala de aula...

A educação é uma atividade humana, já que o homem é o único animal que ensina sistematicamente. Isto fez com que pudéssemos nos impor a outros seres vivos, e gerássemos uma cultura onde o conhecimento se perpetua através das gerações, estando ele em constantes mudanças. Desta forma vemos educação sob uma ótica mais ampla e de que esta não se dá somente no ambiente escolar, envolvendo a sociedade como um todo.
Ao falarmos em educação escolar, veremos poucas mudanças nas práticas educacionais, demonstrando haver uma dicotomia entre o conhecimento cotidiano e o escolar. Percebe-se uma estagnação da cultura realizada na escola em comparação àquela realizada fora dela.
A sociedade mudou, mas parece que a escola não acompanhou estas mudanças. A diversidade se faz presente na sala de aula e as diferenças não se apresentam somente na cor da pele, no status social ou nas várias culturas, mas também na forma destes alunos aprenderem, onde cada criança tem um ritmo próprio em como e o que aprender. Muitas vezes este ritmo pode fazê-la não acompanhar sua turma de colegas, pois as aprendizagens não ocorrem ao mesmo tempo para todos.
Uma situação que também coopera com a multiciplidade de saberes em sala de aula, é a presença de crianças e jovens com deficiência ou com dificuldades de aprendizagem no ensino regular. Leis, Resoluções e Pareceres, tanto nacionais quanto estaduais, reconhecem a diversidade e asseguram a necessidade de haver condições diferenciadas para o processo educacional destes alunos.
A flexibilização e adaptação curricular é um dos itens presentes nestes documentos legais. Nele, salienta que as práticas pedagógicas com aulas expositivas centradas no professor, devam ser substituídas por uma ação pedagógica que parta do aluno e de seus saberes. Saberes estes, que difere de aluno para aluno, conforme suas necessidades específicas. Para tanto, o professor deverá desenvolver um planejamento que contemple o ensino das crianças em suas distintas capacidades.
Carvalho em seu livro, Educação Inclusiva: Com os pingos nos “is” (2005) comenta que: “A diferença não é uma peculiaridade das pessoas com deficiências ou das superdotadas. Todos somos absolutamente diferentes uns dos outros e de nós mesmos, à medida que crescemos e nos desenvolvemos”. Sob este aspecto, as ações pedagógicas deveriam contemplar a todas as crianças, indistintamente, porém esta não é uma prática unânime entre os educadores brasileiros.
Historicamente no Brasil, os professores baseiam sua práxis em três modelos pedagógicos. Fernando Becker, em seu livro Educação e Construção do Conhecimento, o modelo empirista, no qual o sujeito é considerado uma tabula rasa, totalmente determinado pelos estímulos que o rodeiam, é o mais utilizado em sala de aula pelos educadores. Neste modelo, cabe ao professor o papel de transmitir conhecimento através da repetição de um conteúdo descontextualizado e, ao aluno, apenas executar ações que muitas vezes não lhes dizem respeito.
Este contínuo monólogo realizado pelo professor, já foi execrado por Paulo Freire em seu livro Pedagogia do Oprimido. Quando o educando é olhado como um ser padronizado e capaz de “aprender” o conteúdo passado de forma hegemônica poderá ser levado ao insucesso escolar.
Um segundo modelo é o apriorista, no qual o ser humano quando nasce trás em sua bagagem hereditária tudo já pré-determinado. Para o sujeito, basta acontecer seu processo de maturação que os efeitos aparecerão. O tempo será o fator preponderante para que a aprendizagem ocorra. Sendo assim, em sala de aula o professor acredita que o aluno não precisa da sua mediação, pois ele já nasceu com o conhecimento. É só deixar o tempo passar que o mesmo aprenderá.
O educador ao fundar suas ações pedagógicas em um destes modelos, tenderá a ter como resultado de sua prática pedagógica, um baixo rendimento por parte dos alunos, e como consequência o aumento das probabilidades de repetência escolar. Este insucesso faz com muitos alunos acredite serem o maior responsável pelo fracasso e ao não conseguirem acompanhar a matéria, o que lhe restará fazer? Como dizem os professores: “incomodar”. A resposta pelo fato dele “não aprender” ou se mostrar indisciplinado e agressivo, sugere ao professor que esteja na criança ou no jovem.
Um terceiro modelo, o Construtivista, proposto por Piaget, concebe de que o conhecimento não está no sujeito quando o individuo nasce e nem no objeto (meio físico e social), e de que não está na cabeça do professor com relação ao aluno e nem na cabeça do aluno em relação ao professor.
Juan Delval, em seu livro “Aprender na vida e aprender na escola”, assinala que:
O construtivismo é uma posição epistemológica e psicológica e que não se trata de uma concepção educacional. Explica em como o indivíduo aprende fazendo com que o educador compreenda que as crianças podem entender de forma diferente de como tentamos ensiná-las. (p.79)
Acreditando que o pensamento se dará por um processo de interação entre o sujeito e o objeto, entre o individuo e a sociedade, entre o organismo e o meio, e de que é preciso construir o conhecimento e não recebê-lo já construído, os professores poderão conduzir suas ações em sala de aula de maneira a atender estas diferenças.
Nesse contexto educacional, faz-se necessário que a escola reconheça a igualdade de aprender como ponto de partida, e as diferenças no aprendizado como processo e ponto de chegada, onde a perspectiva do ensino deva ser aberto às diferenças. E, as avaliações deverão contemplar todo o processo de aprendizagem no decorrer do ano letivo e não somente nos conteúdos trabalhados em sala de aula.
Precisamos pensar uma educação que parta da realidade de cada grupo levando em conta todos os elementos da aprendizagem. De que esteja fundada no respeito ao saber e à cultura dos educandos. Que favoreça um ambiente no qual o aluno sinta-se motivado a questionar, a experimentar e a criar hipóteses; com educadores que promovam o avanço e a expansão do desenvolvimento intelectual e sócio-emocional de todos, indistintamente.

Bibliografia utilizada:
BECKER, Fernando. Educação e Construção do Conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 3ª ed., 2005.
DELVAL, Juan. Crescer e Pensar: A construção do Conhecimento na Escola. Porto Alegre: Artmed, 2002.
_______. Aprender na Vida e aprender na Escola. Porto Alegre: Artmed, 2001.

Michel Montaigne e a Educação

"Nós podemos chegar a ser cultos com conhecimento de outros homens mas nós não podemos ser sábios com sabedoria de outros homens."

Michel Eyquem de Montaigne nasceu em 1533 e faleceu em 1592. Nascido de uma família nobre, possuidor de uma educação clássica, após a morte do pai, retirou-se para seu castelo a fim de poder escrever e refletir. Nas suas obras e, mais especificamente nos seus "Ensaios", analisou as instituições, as opiniões e os costumes, debruçando-se sobre os dogmas da sua época e tomando a generalidade da humanidade como objeto de estudo, sendo considerado um humanista.
Tal obra foi considerada como um auto-retrato de um homem, mais do que o auto-retrato de um filósofo e ao fazer esse estudo, de auto-observação, acabou por observar também o Homem no seu todo.
Para Montaigne, em Ensaios, existia uma diferença entre as pessoas considerada sábias e às que realmente eram possuidoras de sabedoria. Não bastavam ter somente a cabeça cheia de ciência, da qual era retirada dos livros e apenas expressas verbalmente, era preciso de que lhes fossem desenvolvido o bom–senso e a virtude.
Para ele, muito dos estudantes somente receberam de seus mestres uma informação das ciências e não uma assimilação. Faziam deste conhecimento científico, apenas um assunto de conversa, com palavras ditas por eles mas pensadas por outros. Apenas uma reprodução de idéias como se fossem papagaios, sem que as opiniões do saber alheio se tornassem deles.
Montaigne escreve que os pedantes lidam com pensamentos vazios, e os realmente sábios lidam com pensamentos que dão sentido à vida humana. Por cuidarmos dos saberes e das opiniões alheias, deixamos de nos questionar quais as nossas próprias opiniões. É preciso que este conhecimento torne-se nosso, que possamos assimila-lo e não apenas reproduzi-lo. Ainda que nos tornemos sábios com o saber alheio é preciso que tenhamos a nossa própria sabedoria. Esta nos avisará de que tal conhecimento vem de outro e nós compactuamos ou discordamos com as opiniões alheias. Para que isto ocorra, é necessário que questionemos que nos apossemos das informações por assimilação e não por simples repetição.
“Ora, não basta que as instituições não nos tornem piores, é preciso que nos façam melhores. ” ( Montaigne, Ensaios I , pg 76).
Tal afirmação, ainda hoje, não é seguida. Muitas de nossas instituições educacionais, apenas primam pelo conhecimento científico esquecendo-se de promover a formação interior dos educandos. É preciso que deixemos de ser alienados aos pensamentos prontos e dos outros e passemos a ter nossas próprias opiniões. Que sejamos educados como um ser integral, não que o conhecimento das ciências sejam desnecessários, mas este saber seja apropriado por nós, e não que apenas o repitamos porque assim nos foi ensinado.

15 de agosto de 2013

Filosofia e Educação

Como uma prática social, junto ao conhecimento científico, a arte e a vida cotidiana, a educação envolve conhecimentos e afetos; saberes e valores; cuidados e atenção, seriedade e risos. Cabe, portanto, às instituições escolares assegurarem a construção do conhecimento por todos, criando possibilidades de fazer valer a experiência de pessoas livres e responsáveis.
A prática pedagógica sendo concebida como uma ação social e políticas, teremos assim definido como objetivo da escola a formação da cidadania. Porém, ao oferecer simples instrução, doutrina, conhecimentos e habilidades que nem sempre significa condições de opção, nega seu objetivo.
A educação é um fenômeno anterior e maior do que a escola, antecedendo à ciência que fornece os conteúdos das disciplinas ministradas. Na antiguidade os gregos acreditavam que através dela, por um processo de aperfeiçoamento do corpo e espírito, o educando tornava-se melhor, o mais capaz e o mais virtuoso. O mundo era visto a partir da observação e acompanhamento da natureza de onde obtinham as respostas e o homem, como um ser pronto, onde os eventos que ocorriam após o nascimento não eram importantes para o desenvolvimento.
Com a revolução científica, o mudo precisava ser visto de outra maneira. Crenças anteriores não poderiam prevalecer, havendo então, uma ruptura nos paradigmas da época. O conhecimento viria do uso da razão, o que dava lugar ao "Eu" pensante. Do microcosmo ao macrocosmo, o sujeito passa a ser o centro, capaz de conhecer o real com base numa razão subjetiva, racional, constituindo uma nova concepção de conhecimento.
Ao longo da história humana, os conceitos, as crenças, os paradigmas de cada época, ao serem questionados, sofreram mudanças, gerando novos conceitos e novos paradigmas. Estes olhares diferentes de ver o homem no mundo refletiram também na maneira de conceber a educação.
Definindo-se como uma maneira de compreender, interpretar e transformar o mundo, a educação não pode ser vista como sendo exclusivamente nela a única maneira deste conhecimento ocorrer, já que a própria existência da pessoa, a sua maneira de agir, pensar, resolver, criar hipóteses e analisar, também constituem um aprendizado. Esta “forma de educação” também se dá fora do ambiente escolar, cabendo a escola respeitar esse processo de produção cultural direcionando a prática educativa a partir da realidade e do projeto de sociedade de cada grupo.
Para o filósofo, Michel de Montaigne (1533/1592), as crianças deveriam ser colocadas desde cedo em contato com a realidade, recebendo uma instrução não por palavras, mas pela ação onde “o saber não lhes encheriam apenas a alma, mas a ela se incorporando, tornando-se compleição e hábito; e que não fosse uma aquisição, mas uma propriedade natural.”
Platão foi um dos que mais sistematizou a educação, tendo como elemento básico a possibilidade de ensinar ética e moral ao homem, questionando o modo de formar o caráter de alguém. Pregava ser a cidade uma grande família, dando início a cisão da realidade, separando o mundo inteligível das idéias, imutáveis, objetivas, funcionando como normas; do mundo sensível das coisas transitórias, mutáveis e finitas.
Aristóteles acreditava que os homens tinham o desejo de conhecer. Para ele, o ser humano era um animal político comunitário, onde os indivíduos e as famílias não estavam separados da totalidade. Tomás de Aquino concebia que através da educação o homem atingia o espiritual; Rousseau, o aperfeiçoamento da natureza humana; e Kant um meio para o homem atingir seu fim como pessoa.
Tendo como primeira função o educar e não apenas o ensinar, a escola em outros termos, deveria não apenas possibilitar a informação, mas também a formação. No Artigo 205 da Constituição brasileira, a escola deve promover o pleno desenvolvimento da pessoa e da “capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores” (LDB artigo 32 inciso III).
Como um princípio metodológico que fundamentalmente afirma o reconhecimento do outro, o confronto através do diálogo e da troca de argumentos; a ética na educação ao ser incorporada ás práticas educacionais expressará a intenção de incentivar a construção de uma escola que efetivamente atenda à realidade social.

10 de agosto de 2013

Planejamento Escolar

         A prática social da educação é um todo, com partes que se articulam e se complementam. Quando as partes desse trabalho se distanciam, quando seus membros perdem a noção da totalidade e, muitas vezes, percebem sua “parte” como um “todo”, a escola tende a ver seu esforço se esvair na fragmentação. Tornam-se partes que fragmentam o conhecimento, todos os sujeitos envolvidos no trabalho escolar, perdendo assim, a dimensão do viver em sociedade.
       Ao considerarmos que a escola tenha como função social formar o cidadão em sua totalidade, construindo conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante solidário, crítico, ético e participativo, é necessário que levemos em conta a realidade na qual este aluno está inserido.
       Com a perspectiva de que o ensino deva favorecer a construção progressiva, continuada e integrada das habilidades e conhecimentos faz-se necessário que o planejamento didático-pedagógico tenha respeito às diferenças dos estudantes e esteja adequado às reais condições da comunidade escolar.
       Planejar é um processo de reflexão, já que procuramos por dar respostas a um determinado problema e como afirma Padilha (2001) visa estabelecer " [...] fins e meios que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro." Para o mesmo autor, o planejamento de Ensino é um processo de decisão sobre atuação concreta dos professores, no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, em constante interação entre todos os partícipes, educandos e educadores.
      Rodrigues (2000) afirma que para fazermos um planejamento é preciso trabalhar com referências sugerindo partir de três questões básicas: “O que queremos alcançar?”, ”A que distância estamos daquilo que queremos alcançar?” e “ o que faremos concretamente (em tal prazo) para diminuir esta distância?”.
     A autora cita Gandin(1985) que afirma: " Planejamento é elaborar – decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo  de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de  ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende [...] " (RODRIGUES apud Gandin, 2000).
      Portanto “planejamento é um processo constante através do qual a preparação, a realização e o acompanhamento se fundem, sendo indissociáveis”, onde buscamos aliar o “para quê” ao “como” através de criteriosa investigação, sugerindo um planejamento de currículo integrado como uma das alternativas que priorizará esta integração.
      A ação do planejar será realizada a partir de nossas concepções, de como vemos o “educar” e o “educando”, já que será a partir desta forma de compreender educação que direcionaremos nosso olhar.
      O planejamento integrado prioriza por uma ação pedagógica fundada no respeito ao saber e à cultura do aluno. Ao favorecer a criação de um ambiente no qual o educando sinta-se motivado a investigar, indagar e aprender, o educador terá como objetivo o questionamento, a experimentação e a criação de hipóteses por parte destes alunos.
       Em qualquer forma de um planejamento ser apresentado, existem elementos que são básicos, sendo eles:
Objetivos – “O QUÊ?” e “PARA QUÊ?” -
Justificativa – “POR QUÊ?”
Temática – Qual o assunto?
Estratégias – “COMO?” e “QUAIS RECURSOS?”
Avaliação – Quais os critérios que utilizaremos para avaliar o PROCESSO das aprendizagens objetivadas?
      Assim partindo destes elementos o educador estabelecerá uma organização de suas ações podendo revê-las, compará-las, avaliá-las e assim poder modificá-las se necessário e com isto promover o avanço e a expansão do desenvolvimento intelectual e sócio-emocional do educando, como um todo.
      Quando o ensinar e aprender forem compartilhados e vividos, por educadores e educandos, pensaremos em uma escola que realmente eduque, formando pessoas atuantes de forma crítica e criadora na sociedade em que vivem. Sujeitos que se percebam inseridos na comunidade como elementos capazes de reformular o meio, o tempo e a história.

Referências:
PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001. p. 29-35.
RODRIGUES, Maria Bernandette Castro. Planejamento: em busca de caminhos. IN XAVIER, Maria Luiza M.; DALLA ZEN, Maria Isabel H (Orgs.) Planejmanto em destaque: análises menos convencionais. Porto Alegre: Mediação, 2000. p. 59-73 (Cadernos Educação Básica 5)

4 de agosto de 2013

Poesias da noite

          Em uma noite tão linda
          Com toda esta lua
           e somente os grilos para atrapalhar o silêncio,
           vejo o quanto perco em querer dormir.
           Saio à rua...
                                Olho o céu
                 E uma magia branca me ilumina e invade.



Quando me encontro a perceber a lua       
e toda a poesia que ela traz,       
vejo o quanto um poeta vive naquele momento.