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12 de maio de 2017

Avaliação no PNAIC - qualitativo X quantitativo

Avaliar é um procedimento complexo, que inclui opções, escolhas, crenças e valores, que podem gerar muitos vieses de julgamento.
Enquanto Orientadora do PNAIC, entre is anis de 2013 a 2015, constatei que os resultados das avaliações realizadas nas turmas de 3º ano, não estavam em consonância com as reflexões realizadas nas formações do Pacto, o que demonstrou uma dicotomia entre o que o professor realizava em sala de aula, suas concepções e reflexões relatadas nas formações referentes aos aprendizados de suas turmas e o resultado obtido no final do ano,  onde muitas crianças foram reprovadas.
Enquanto os professores alegaram irem ao encontro de aprendizagens significativas, realizando planejamentos que atendessem a diversidade ao inserirem a ludicidade no fazer das crianças; os resultados das escolas mostraram uma resposta diferente.
Boa parte destas escolas, demonstraram uma concepção de avaliação quantitativa com base unicamente em provas trimestrais e nota final. Neste caso, a aprendizagem construída pelo aluno é desprezada. Os professores alegam que o entendimento das escolas é de que precisam inserir no sistema uma nota final e desprezando assim,  o parecer realizado. Com isto, não é apresentado qualquer ideia do que o aluno aprendeu ou deixou de aprender. Apenas existe um “A” de aprovado ou um “R” de reprovado. Assim, ao iniciar  o novo ano letivo, as aulas acontecem como se fora a primeira vez que este aluno esta cursando aquele ano. Não é considerado o que fora aprendido pelas crianças onde, o professor  apenas discorre o conteúdo tal qual como o fez no ano anterior.
No Rio Grande do Sul, conforme Censo 2016, mais de 25 mil alunos estão em distorção idade/ano, do 3' ao 5'  ano do Ensino Fundamental, da rede estadual. Em torno de quase 50% deste
quantitativo é formado por alunos com, no mínimo, dois anos de reprovação.
Em se tratando das crianças reprovadas no 3' ano, existe o agravante de que, na sua totalidade, são alunos que não foram alfabetizados.
É preciso uma ampla reflexão do que esta faltando para que a criança se alfabetize até os 8 anos de idade,  como preconiza o PNAIC.
Ainda que no estado do RS, as formações do Pacto vem sendo realizadas desde 2013, em muitas escolas no entanto, não foi percebido as mudanças que se esperavam. Porque os dados não se apresentam satisfatórios?
Alguns fatores merecem nossa reflexão... Precisamos  entender o que esta acontecendo nas salas de aula, para que possamos,  assim,  pensarmos alternativas  que efetivem as aprendizagens que queremos, nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Para refletirmos...
O periodo entre formação e ação em sala de aula não foi suficiente para que se perceba  um crescimento qualitativo nas aprendizagens?
Os professores destas escolas não realizaram as formações como era previsto?
Os resultados das avaliações externas não representam  a realidade das aprendizagens da maioria das crianças?
...

Referências bibliográficas
AVALIAR: ATO TECIDO PELAS IMPRECISÕES DO COTIDIANO – Artigo de Maria Teresa Esteban (UFF)
AVALIAÇÃO NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: REFLEXÕES E SUGESTÕES – Caderno PNAIC, ano 2012
PROGRESSÃO ESCOLAR E AVALIAÇÃO: O REGISTRO E A GARANTIA DE CONTINUIDADE DAS APRENDIZAGENS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO – Caderno PNAIC, Unid. 8 Ano 3, 2012

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