Educação na Antigüidade
A história da educação ocidental remonta ao tempo das civilizações greco-romana da qual além da escrita , nos deixaram como legado a criação da Biblioteca e do Museu. Através dos muitos textos dos grandes nomes da Antigüidade, podemos descobrir as influências e as raízes do comportamento do homem latino, e seus escritos nos ajudam a compreender a educação ocidental até os dias de hoje.
A educação grega iniciou-se através do teatro, onde os valores eram transmitidos através das artes. O ser humano estava em cena. A tematização do destino colocada nas tragédias e os seus costumes, ironizados através das comédias.
A concepção do homem para os gregos estava vinculada à maneira de como era formada e transmitida sua cultura. Acreditavam, ser através da Educação por um processo de aperfeiçoamento do corpo e espírito, tornar o educando o melhor, o mais capaz e o mais virtuoso. Porém, esta educação em excelência, não destinava-se a todos somente a alguns poucos.
Para isto, utilizavam-se da prática da retórica, isto é, o que importava era formar grandes oradores. Jovens que ao falar, convencessem, persuadissem os ouvintes a aceitar seus argumentos como verdadeiros. A habilidade da boa linguagem era desenvolvida e para isto, aprendiam gramática e lógica.
Paralelo aos grandes discursos, a educação grega deveria realizar grandes feitos, grandes obras que tivessem um valor cultural e estes são os dois princípios que a orientam.
A civilização grega era dividida em duas grandes esferas: a Polis - mundo da esfera pública, o governo, a política, onde somente homens participavam; e o Oikos/oikia - a casa , o lar, o mundo da esfera privada, onde se produzia, o fator econômico pois era onde estava situado o trabalho. Havia entre os gregos uma junção do lado econômico com o político. No Mercado Público, onde os homens realizavam seus negócios, era também o local onde se discutia a política. O poder do convencimento através da oratória era importante para que os homens realizassem seus negócios.
Platão foi um dos que mais sistematizou a Educação, tendo como elemento básico a possibilidade de ensinar ética e moral ao homem, questionando o modo de formar o caráter de alguém. Um de seus textos que trata essencialmente da busca do homem pelo conhecimento, é o Mito da Caverna, encontrado no seus livro "República", no qual, metaforicamente e por analogia, ele fala da Educação.
Neste texto, o filósofo relaciona a passagem da Ignorância para o Conhecimento, onde, o mundo fechado, dogmático da escuridão é transformado pela luz da sabedoria.
Para ele, como seres humanos, somos habitantes de uma caverna a olhar para o fundo ,e, sem podermos virar, vemos sempre as sombras dos objetos que passam as nossas costas. Viver no mundo de sombras é não conhecer verdadeiramente a realidade, e acreditamos que elas são nossa verdade. Sair da caverna em direção a luz, é sair da ignorância que acomoda para buscar a luz do conhecimento que transforma. Porém, tal transformação, não se dará de maneira suave pois ao buscarmos o conhecimento, saindo da acomodação das sombras, teremos dúvidas do que é verdadeiramente real. Passamos muito tempo olhando para sombras e portanto é natural que acreditemos nelas como serem reais, os próprios objetos.
O pedagogo seria aquele que, ao conhecer a luz, levaria os demais habitantes da caverna a este conhecimento. Seria o responsável pela passagem da escuridão da ignorância, para a verdade da luz, o conhecimento.
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