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24 de novembro de 2013

Camisa azul

      Laura era uma mulher um pouco atrapalhada. Entrava em situações que muitas vezes não conseguia explicar. Nada grave, mas muito cômicas como achavam seus amigos.
      Um dia Laura e seu namorado foram no apartamento de amigos para um almoço de confraternização.     Chegando lá, para não deixarem o carro na rua, estacionaram dentro do prédio.
      Após o almoço, o casal resolveu ir embora. Caia uma chuvinha fraca, e como o carro estava um pouco distante da portaria, Laura resolveu esperá-lo na porta do prédio, afinal porque deveria se molhar?!
      Pouco tempo havia se passado e lá estava ela..., com sua bolsa nos ombros, olhando para a chuva que caia mais intensamente. Quando percebeu o carro já havia saído da garagem.
      Apressou os paços em sua direção contudo não o suficiente para que chegasse ao lado da porta sem que o carro se movesse mais para frente em direção do portão de saída.
      E assim ocorreu por mais três vezes. O carro arrancava e parava, e cada vez que Laura tentava entrar, ele tornava a avançar.
      Parecia que o namorado não queria levá-la. Lá era hora de ficar brincando? Aquela chuvinha já não estava mais tão fina... Que brincadeira - pensou ela - ficar correndo atrás de um carro sem conseguir abrir a porta!? - e na quarta parada do carro, Laura foi mais ágil. Segurou firme, abriu a porta e entrou.
      Seu namorado diz sempre que Laura se instala quando entra em um carro. Acomoda bolsa e sacolas, que geralmente carrega, para depois de tudo acomodado, colocar o cinto de segurança. Ele a esperava com toda a calma que lhe é peculiar, afinal que lhre retava fazer depois cinco anos de namoro? Havia se acostumado com todo aquele ritual.
      Naquela tarde não foi diferente. Ao abrir a porta do carro entrou rapidamente e se “instalou”. Comentou que ele havia sido rápido em sair da garagem, mas reclamou de deixá-la correr atrás dele pois ficara molhada. De que teria adiantado ficar a sua espera dentro do prédio?! Mas como resposta escutava apenas “Oi!?”.
      Depois de alguns "ois", com a bolsa no lugar, com o cinto colocado, Laura resolveu olhar para o motorista. Sorriu, e com a maior tranquilidade
iniciou a desinstalação.
      Seu namorado? Se quer tinha saído da garagem...
      Mas estava vestindo uma camisa azul! (A única coisa que disse ao motorista antes de iniciar a desinstalação).

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