Laura era uma mulher um pouco atrapalhada. Entrava em situações que muitas vezes não conseguia explicar. Nada grave, mas muito cômicas como achavam seus amigos.
Um dia Laura e seu namorado foram no apartamento de amigos para um almoço de confraternização. Chegando lá, para não deixarem o carro na rua, estacionaram dentro do prédio.
Após o almoço, o casal resolveu ir embora. Caia uma chuvinha fraca, e como o carro estava um pouco distante da portaria, Laura resolveu esperá-lo na porta do prédio, afinal porque deveria se molhar?!
Pouco tempo havia se passado e lá estava ela..., com sua bolsa nos ombros, olhando para a chuva que caia mais intensamente. Quando percebeu o carro já havia saído da garagem.
Apressou os paços em sua direção contudo não o suficiente para que chegasse ao lado da porta sem que o carro se movesse mais para frente em direção do portão de saída.
E assim ocorreu por mais três vezes. O carro arrancava e parava, e cada vez que Laura tentava entrar, ele tornava a avançar.
Parecia que o namorado não queria levá-la. Lá era hora de ficar brincando? Aquela chuvinha já não estava mais tão fina... Que brincadeira - pensou ela - ficar correndo atrás de um carro sem conseguir abrir a porta!? - e na quarta parada do carro, Laura foi mais ágil. Segurou firme, abriu a porta e entrou.
Seu namorado diz sempre que Laura se instala quando entra em um carro. Acomoda bolsa e sacolas, que geralmente carrega, para depois de tudo acomodado, colocar o cinto de segurança. Ele a esperava com toda a calma que lhe é peculiar, afinal que lhre retava fazer depois cinco anos de namoro? Havia se acostumado com todo aquele ritual.
Naquela tarde não foi diferente. Ao abrir a porta do carro entrou rapidamente e se “instalou”. Comentou que ele havia sido rápido em sair da garagem, mas reclamou de deixá-la correr atrás dele pois ficara molhada. De que teria adiantado ficar a sua espera dentro do prédio?! Mas como resposta escutava apenas “Oi!?”.
Depois de alguns "ois", com a bolsa no lugar, com o cinto colocado, Laura resolveu olhar para o motorista. Sorriu, e com a maior tranquilidade
iniciou a desinstalação.
Seu namorado? Se quer tinha saído da garagem...
Mas estava vestindo uma camisa azul! (A única coisa que disse ao motorista antes de iniciar a desinstalação).
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