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25 de abril de 2010

Atividade a partir do texto: Uma lição de bruxaria

 Uma lição de bruxaria
Giselda Laporta Nicolelis, Petrópolis: Vozes, 1994. (fragmento)
        
               Certo dia, a vó me convidou pra passar o fim de semana com ela.
               Disse que preciso aprender a fazer bruxarias, porque já tenho onze anos, e com dezoito vou virar uma bruxa de verdade.   Não posso perder tempo só brincando...
              A vó já tinha trazido todos os ingredientes do supermercado das bruxas: língua de lagarto, asa de morcego defumada, sapo de todo o tamanho, fios de cabelo, gatos pretos, urubus, poções mágicas... Tinha coisa que não acabava mais.
              Até um caldeirão novo — todo de cobre reluzente — a vó fez questão de comprar. Disse que o caldeirão que ela usava estava meio rachado. Também, pudera. Quantos anos ela usa o mesmo caldeirão? Precisava mesmo ser aposentado.
              Então... A lição começou. Muito compenetrada, a vó começou a bruxaria: acendeu o fogo, pôs o caldeirão novo sobre ele e, lendo aquele livro velho, todo cheio de teias de aranha, foi pondo os ingredientes no tal caldeirão e explicando para que servia cada um.
             Logo aquilo tudo começou a borbulhar, a ferver, a levantar fumaça, e a vó botando coisa... Aí eu perguntei:
            — Será que vai dar certo vó?
            — Quieta, menina, a bruxa aqui sou eu! — disse a vó.
            E o caldeirão borbulhando, e a mistura subindo... Acho que a vó, no entusiasmo da primeira lição, tinha feito uma bruxaria forte demais para o caldeirão novo.
            Foi aí que eu ouvi um estalo e, como se fosse um terremoto, tudo começou a tremer à nossa volta...
            — Foge vó! — berrei.
            Só deu tempo da vó agarrar o livro de receitas e saímos voando na vassoura de estimação. Sorte nossa! A explosão foi tão9 grande que o castelo — BIMBA! — veio abaixo, como se fosse de cartas.
            — Não se fazem mais caldeirões como antigamente... suspirou a vó, desolada.
            Depois disso, a vó ficou pensativa, por um longo tempo. Só bolando uns planos esquisitos.
           Agora quer ser uma bruxa moderna, superequipada. Diz que — depois de reconstruir o castelo, pedra por pedra — em vez de caldeirão, só vai usar forno de microondas. E também vai mandar colocar um motor a turbina na vassoura de estimação.
           Ta falando até — imagine só! — em trocar o velho livro de receitas por um computador...
           Cá entre nós: não é moleza aprender a ser bruxa. Mas que é divertido, ah isto é!

Atividade 1
Título: Contado e escrevendo uma história
Foco: Língua falada e língua escrita, coerência e coesão de um texto escrito, variação lingüística.
Objetivo: Comparar e perceber as diferenças entre uma história narrada verbalmente e escrita, observar e utilizar recursos de coesão, elementos necessários para que a história possa ser entendida ao se fazer a leitura.
Descrição:
a) Formação:Trabalho realizado com a turma com a utilização do quadro de giz. Esta atividade dará início à apresentação e exploração do texto “Uma lição de bruxaria” de Giselda Laporta Nicolelis.
b) Material: Material para cartaz, painel branco, canetas para quadro branco.
                                   Obs.: Painel branco = plástico branco ( verso de propagandas), onde se escreve com caneta para quadro. Pode ser apagado e reutilizado para outros textos.

Passo a passo:
1º passo: Solicitar aos alunos que contem um fato ocorrido com todos, como por exemplo as atividades do dia anterior.
2º passo: Escrever o fato no quadro de giz. Esta atividade será realizada pela turma com a intervenção do professor para que a história escrita seja entendida por todos.
3º passo: Passar para o painel o texto coletivo e fazer outro cartaz com termos utilizados para dar início, para desenvolver e para finalizar uma narração.
                   Inicio: Era uma vez... Aconteceu... Certo dia.... Fulano era ...
                   Meio: Um dia... Quando... De repente... Então...
                   Final: E assim... No final.... Portanto...

Intervenção pedagógica:
No primeiro momento, deixar que os alunos contem a história livremente sem intervenção do professor. Isto dará oportunidade para ser observado como as crianças se expressam, quais as palavras que utilizam e quais as “correções” que fazem uns com os outros. No segundo momento, o professor irá interferir fazendo perguntas e anotando no quadro de giz, os fatos principais das falas. No terceiro momento, irá organizar os fatos para que tenham uma coerência com o tempo que ocorreram. No último momento escreverá junto com os alunos a história. Sempre enfatizando a forma de escrever, para só depois fazer a comparação da forma como foi contada a história e da maneira como esta foi escrita.
— Quais palavras que devemos utilizar para relatar a história de maneira que qualquer pessoa a entenda? Como iniciamos a nossa história? O que escrevemos para desenvolver a história? Como finalizamos? Quais as palavras que poderíamos utilizar no início, no meio e no final, para que os fatos tenham uma ligação? Como poderíamos dar um nome para nossa história? Onde ele deverá ser escrito? Para que serve um título?
Falar sobre as características de uma narração.
— O que acham que é uma narrativa? Como ela aparece? Se tivéssemos que contar algo que ocorreu conosco, como faríamos? E se tivéssemos que contar algo que ocorreu com outra pessoa, como escreveríamos? (observar os tempos verbais)

Atividade 2
Título: “Uma lição de bruxaria”
Foco: leitura, atenção, interpretação, síntese, coerência, coesão, oralidade.
Objetivo: Desenvolver as habilidades de ouvir com atenção uma história e simultaneamente acompanhar a leitura com os olhos, refletir buscando no texto informações para poder expressar-se oralmente; organizar os fatos para que um texto tenha coesão e coerência.
Descrição:
a) Formação: Individual
b) Material: Folha xerox com a história “Uma lição de bruxaria” de Giselda Laporta Nocolelis, Papel pardo, caneta para cartaz, fita crepe.

Passo a passo:
1º passo: Acompanhar a leitura oral feita pelo professor observando-a no texto escrito.
2º passo: Os alunos farão comentários sobre a leitura, refletindo sobre o texto e o reconstruindo oralmente.
3º passo: O professor escreverá sínteses da oralidade dos alunos no quadro de giz, sem compromisso com a seqüência do texto.
4º passo: Organizar as frases e escreve-las em papel pardo.

Intervenção pedagógica:
— Agora vamos ler uma história contada por uma menina chamada Gretel. Quem e como será ela? O que ela terá para nos contar?”
A leitura será feita em voz alta, pelo professor e acompanhada pelos alunos.
— Vocês conhecem outros tipos de bruxas? Quais outras histórias que vocês conhecem com Bruxas? Elas são boazinhas? Tem alguma história contada pela neta? Como deveria ser neta de bruxa? Este é um fragmento de história, vocês sabem o que esta palavra significa? Se tivéssemos que contar a história com as nossas palavras como faríamos? Se eu começasse a contar a história a partir da explosão, vocês entenderiam? Por quê? O que vocês fariam? Quando lemos um texto, dá para perguntarmos ao autor para poder entender o que não entendemos? O que o autor precisa fazer para que possamos entender a história? Como Gretel contou a história? Quando contamos a nossa história anteriormente (referir-se à atividade nº 6), como fizemos para escrever? Vamos escrever no quadro os acontecimentos principais da história?
O professor escreverá sínteses de comentários das falas, sem compromisso com a coesão. Após, cada síntese em forma de frase, será numerada e, junto com os alunos, o professor procurará colocar em ordem conforme a o texto lido.
— Qual o primeiro fato que aconteceu? Como Gretel começou a contar a história? Destas frases qual seria a primeira? E depois? Vamos colocar em ordem dos fatos ocorridos? Podemos falar da explosão da cozinha da bruxa antes de falar o que ela estava fazendo na cozinha? Agora que colocamos em ordem vamos escrever no papel pardo? Como fazemos para formar um texto com estas frases? Devemos acrescentar alguma palavra? Que palavra ou quais palavras?

Atividade 3
Título: Quadrinhos da Bruxa
Foco: Diferenças entre gêneros e portadores de textos (narrativo e com falas – história em quadrinhos), leitura, escrita, interpretação.
Objetivo: Comparar a organização estrutural de um texto narrativo com uma história em quadrinhos, percebendo a diferença na escrita das falas através da utilização de travessão na narrativa e dos balões nas histórias em quadrinhos.
Descrição:
a) Formação: Individual
b) Material: Folha xérox com o texto e com os quadrinhos, texto escrito em um painel para ser lido e acompanhado pela turma.

Passo a passo:
1º passo: Leitura do texto de maneira individual e silenciosa.
2º passo: Interpretação do texto. Neste momento o professor fará intervenções para que os alunos façam o reconto do texto de forma clara e coesa.
3º passo: Com base no texto: Identificar as falas dos personagens compreendendo a utilização dos travessões.
4º passo: Preencher os balões, criando falas para os personagens de maneira que exista uma coerência com o texto lido.

Intervenção pedagógica:
— Todos os contos são assim? Nesta mesma forma de texto? Alguém conhece uma outra maneira de escrever um conto? Quando aparecem somente personagens conversando, falando entre eles, que tipos de textos vocês conhecem? Se tivéssemos que contar esta história, sem estarmos lendo, como poderíamos fazê-la?
— Como podemos transformar o texto em falas dos personagens?Onde escrevemos estas falas? Quando o personagem está pensando como devemos fazer para informar isto? Qual o tipo de balão para informarmos que o personagem está pensando? E se o personagem não está pensando ou falando e o escritor quer contar algo, como ele faz? Como poderíamos informar algo sem que colocássemos em um balão? Ao lermos a história em quadrinhos que fizemos, poderíamos compará-la com o texto que a autora Giselda escreveu? Quais as semelhanças e quais as diferenças?

Atividade 4
Título: Coisas do Passado... Coisas de Hoje
Foco: leitura, interpretação, escrita.
Objetivo: Comparar os objetos do passado com os atuais, percebendo as alterações tecnológicas que ocorreram.
Descrição:  a) Formação: Individual    b) Material: Caderno de aula. Fa\er no caderno duas colunas. Cabeçalho 1ª coluna: Coisas do passado; 2ª coluna: Coisas de hoje. Material para cartaz: canetas, papel pardo, fita crepe.

Passo a passo:
1º passo: Salientar no texto objetos que a bruxa utilizava em seu dia-a-dia e para fazer suas magias e escrevê-los na 1ª coluna.
2º passo: Escrever na 2ª coluna como seria este objeto nos dias de hoje.
3º passo: Pesquisa em casa com os pais no que se usava antigamente e como é agora. Em sala de aula, os alunos farão uma lista com objetos do passado pesquisados e como são os atuais. A lista poderá ser ilustrada com fotos ou desenhos, para que possam fazer uma comparação entre os objetos do passado e os atuais.

Intervenção pedagógica:
-  O que a Bruxa Macriméia usava? Vocês conhecem estes objetos? Vocês viram algum deles? Como estes objetos seriam hoje em dia? Por que eles seriam diferentes? O que vocês sabem sobre a palavra tecnologia? O que vocês acham que esta palavra representa? Os objetos utilizados pela Bruxa Macriméia são antigos ou atuais? Se tivéssemos que encontra-los para dar a Bruxa Macriméia, hoje em dia, o que encontraríamos? Que outros exemplos de objetos eram utilizados no passado e que foram substituídos por mais novos? Somente os objetos modificaram com o tempo? Alguém sabe mais alguma coisa que se modificou com o tempo? Como será que a Macriméia escrevia no passado? Que tipo de material ela usava para escrever? E agora como ela escreveria? Como seria a letra?Que tipo de material seria? Como eram os livros no tempo da Macriméia? E no tempo da neta da Macriméia? Qual tempo dos personagens que mais se parecem com o de vocês? O que tem de parecido?

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