Desde que acordamos passamos o dia utilizando-nos de ferramentas tecnológicas, sem nos dar conta de que as estamos utilizando. O celular e o computador já fazem parte de nossa vida e é como se não pudéssemos viver sem eles. Mal nos lembramos dos tempos que utilizávamos um aparelho telefônico discado (isto para quem tem mais de 20 anos). O nosso meio de estarmos em contato com o mundo mudou e na nossa sala de aula, mudou a forma de nos comunicarmos com nossos alunos? Estaremos ainda utilizando-nos das mesmas ferramentas que utilizávamos a mais de 30 anos? Percebemos que nossas crianças nasceram em um tempo onde se tem acesso a informação quase, senão ao mesmo tempo em que os fatos ocorrem?
Se não mudarmos a nossa forma de conceber a educação percebendo que antigos paradigmas devem mudar, não conseguiremos sequer nos comunicar com nossos alunos e a aprendizagem, foco principal da escola, não acontecerá da forma como a almejamos. Então, teremos professores cansados e frustrados de um lado e por outro, alunos desestimulados e incompreendidos freqüentando a escola apenas por obrigação.
Penso que antes de planejarmos é preciso que aprendamos a ouvir e a entender as falas de nossos alunos. Qual o assunto, ou o que eles gostariam de aprender?
Depois de escutá-los e instigá-los a querer procurar por respostas, planejamos (junto com eles) as atividades que nos levariam a responder as perguntas formuladas, utilizando-se de todas as mídias disponíveis na escola. E não precisaria ser somente sobre um único assunto, a turma poderia se juntar por grupos de interesse.
Não é uma tarefa muito fácil, mas vale a pena tentar!
A socieda mudou e estas mudanças parecem não terem sido percebidas pelas instituições educacionais. Não temos mais estudantes nem mais a mesma sociedade como no tempo em que fomos educados. O mundo ficou muito mais ágil e parece que nas salas de aula, falam-se duas linguagens diferentes. A do professor tentando “transmitir” um conhecimento baseado em um conteúdo que parece somente ter importância para ele, e do outro lado (mais precisamente na frente), uma turma de crianças ansiando por aprendizagens que estejam em sintonia com as suas vivências.
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