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26 de setembro de 2011

Atividades de Alfabetização

Atividades pedagógicas (elaboradas por  Dalla Zen (2009)

Jogo do alfabeto com objetos

Elaborar um cartaz (papel pardo ou jornal) com letras de A à Z escritas (ou com um número menor de letras) em quadrados regulares. Dispor as crianças em círculo, colocando o cartaz no centro. Trazer um saco com pequenos e variados objetos. Cada criança tira um objeto, diz o nome e a letra inicial do nome do objeto. Após, coloca o objeto no cartaz, na letra correspondente. Depois, podem escolher algumas palavras para registrar e desenhar. Formar essas palavras com letras móveis. Criar uma história coletiva com duas palavras. Registrar a história em cartaz para sistematizá-la em outro dia.


Jogo do pare
Em um saco, colocar palavras estudadas (as do tesouro ou coleção), mais uma ficha colorida com a palavra “PARE”. Pedir a um aluno que leia as fichas até encontrar o PARE. Passar o saco adiante... Após, as crianças podem registrar as palavras lidas.

Jogo do quantas palavras...
Escrever no quadro as palavras estudadas (as do texto da semana). Colocar em um saco números correspondentes ao número de palavras. Cada criança tira uma ficha e lê a quantidade de palavras conforme o número retirado. Poderá escolher as palavras. Pode copiar as palavras lidas para sistematização do repertório.

Jogo do apagador
Escrever a lista de palavras da coleção no quadro. Pedir que as crianças observem com atenção essas palavras. Solicitar que fechem os olhos. Apagar uma palavra. Eles devem identificar a palavra apagada escrevendo-a em silêncio. Verificar se acertaram; escrever a palavra e continuar o jogo...

Letras móveis
Pensar em atividades diversificadas para grupos diferenciados ou por níveis de leitura e escrita. Escrever seus nomes, o nome de colegas. Escrever as palavras da coleção (dos textos, dos livrinhos). Para o grupo com hipóteses mais avançadas, oferecer uma imagem para que formem palavras correspondentes à leitura. Podem formar uma pequena frase, por exemplo.

Outras possibilidades
Desenhar objetos, animais. Identificar com eles os nomes e após pedir que liguem os desenhos às letras iniciais ou às palavras. Contar quantas letras (desenhar um lápis mostrando quantas letras há na palavra; desenhar boquinhas, conforme número de sílabas.

Brincar com o alfabeto da sala
Dizer os nomes das letras, sempre enfatizando a correspondência som/letra. Esconder algumas antes de a aula começar e pedir que descubram quais forma escondidas.

Chamada interativa
Com os nomes deles: pensar em modalidades
Apresentar 3 cartelas com palavras, sendo que 2 iniciam com a mesma letra/som. Eles têm que descobrir que palavra não tem o mesmo som inicial. Ex. casa, bola e cola. Pensar em outras palavras com o mesmo som inicial das apresentadas. Escrever, ler as palavras. Os textos sempre são base para a escolha de palavras.
Dizer palavras que rimam com ..................  A professora diz uma palavra e eles continuam. Escrever essa pequena lista.

Tirando palavras das continhas (para quem já está alfabetizado) bola + da = bolada      piolho – pi = olho  ...

Palavras dentro (para quem já está alfabetizado)  armário tem: mar, Mário, ar, arma, rio...
piolho tem: olho     (explorar a escrita das palavras: o que mudou? Sons abertos / fechados, letras maiúsculas, som e posição de algumas letras)

22 de setembro de 2011

Informática na educação 2

Durante muito tempo os professores vêm desenvolvendo uma ação educativa fundada na oralidade, no passar o conteúdo, previamente estipulado pela escola, no quadro de giz e na correção de provas e trabalhos por eles  planejados.
A concepção que orienta esta prática é a empirista, na qual o sujeito é totalmente determinado pelos estímulos que o rodeiam. Neste modelo, cabe ao professor o papel de transmitir conhecimento através da oralidade, e ao aluno, apenas executar ações.
Uso da calculadora -
Projeto: Comprando no mercado
O avanço tecnológico modificou consideravelmente o panorama social alterando a maneira de como de nos comunicamos e de como acessamos as informações que esta tecnologia nos proporciona.
A forma de “ensinar” deveria mudar, já que a concepção do “aprender” também mudou.
Se outrora bastava o aluno copiar que supunha estar aprendendo (decorava?), atualmente esta situação não é mais possível. Hoje o aluno precisa aplicar aquilo que sabe e buscar compreender dando um significado para aquilo que está produzindo.
Segundo Lopes (2004) para Borba “[...] nas escolas públicas e particulares o estudante deve poder usufruir de uma educação que inclua uma alfabetização tecnológica. Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática, mas, sim, como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc.”
Usar o computador apenas como forma de reproduzir uma aula de antigamente não desenvolve o potencial do aluno em compreender o que se está fazendo. A introdução das tecnologias na sala de aula deverá envolver o aluno a “[...] estabelecer novas relações com a história, consigo mesmo, com o mundo e com o saber.” (ALMEIDA, 2005). Isto somente será possível se a escola se utilizar  de um fazer com reflexão, onde todos, alunos e professores ao explorar4em suas hipóteses estarão desenvolvendo autonomia, sendo autores de suas aprendizagens. 

Referências:
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Gestão de tecnologias na escola: possibilidades de uma prática democrática. In Tecnologias para a Gestão Democrática. Brasília, 2005.
ANTONIO, José Carlos. Pesquisa escolarna Internet: Ctrl+C & Ctrl+V versus Cópia Manuscrita, Professor Digital , SBO, 31 jan. 2010. Disponível em:.Acesso em: 15 de setembro de 2011.
LOPES, José Junio. A Introdução da Informática no ambiente escolar. Disponível em: http://www.clubedoprofessor.com.br/artigos/artigojunio.htm Acesso em: 16 de setembro de 2011.

19 de setembro de 2011

Trabalho por Projetos - Fernando Hernández

Síntese da entrevista feita por Cristiane Marangon com Fernando Hernández, para a Revista Nova Escola.

        Segundo Fernando Hernández o trabalho com projetos começou em 1982, quando ele trabalhava no Instituto de Educação da Universidade de Barcelona e uma colega o apresentou a um grupo de mestres que lecionavam para crianças entre oito e dez anos de idade. Eles tinham uma dúvida que era saber se a escola estava ensinando a estabelecer relações, ou seja, a globalizar. Hernández trabalhou com toda a escola durante cinco anos e, como resposta a essa inquietação, o currículo foi organizado por pesquisa de projetos de trabalho.
        A diferença fundamental entre projetos de trabalho e pedagogia de projetos é, em primeiro lugar, o contexto histórico. A pedagogia de projetos surge nos anos 1920 e projeto de trabalho nos anos 1980, além de os princípios serem diferentes. A pedagogia de projetos trabalha um modelo fordista, que prepara as crianças apenas para o trabalho em uma fábrica, sem incorporar aspectos da realidade cotidiana dentro da escola. Os projetos de trabalho tentam uma aproximação da escola com o aluno e se vinculam muito à pesquisa sobre algo emergente. Uma coisa não é melhor que outra, mas são diferentes
         O trabalho do docente deve ser compartilhado e quando surge uma questão emergente em sala de aula, esse assunto deve pertencer à escola e não se restringir a um único educador. Os docentes ao discutirem uma proposta, expor suas ideias e darem sugestões estarão se envolvendo no processo. O professor ao trocar informações de seu fazer pedagógico estará ampliando seu espaço de interação, que passará de uma ação restrita a sala para a escola como um todo. Para Hernández, esta é uma mudança importante e fundamental.
          Para se desenvolver um projeto é necessário que se tenha um problema para iniciar uma pesquisa. Pode ser sobre uma inquietação ou sobre uma posição a respeito do mundo. O docente tem a capacidade de escutar o que está acontecendo dentro e fora da sala de aula, mas o problema pode sair de uma questão que as crianças levem para a escola ou ser um tema emergente na imprensa. É importante trabalhar as maneiras de olhar o mundo e que são diversas, mas não basta somente localizá-las e sim entender o significado delas. O resultado é que se constrói uma situação de aprendizagem em que os próprios estudantes começam a participar do processo de criação, pois buscam respostas às suas dúvidas e isso é o projeto de trabalho.
           O autor afirma que projeto de trabalho não é uma fórmula, mas uma concepção de educação onde se trabalha a partir de pesquisa, sendo bom e necessário que os estudantes se encontrem com diferentes situações para aprender.
         A escola, como toda instituição social, tem de dialogar com as coisas que estão acontecendo, pois o mundo atual sofreu um processo de globalização da informação e comunicação, implicando com que a escola reflita sobre sua função e seus objetivos. Ela tem de ser uma instituição que pensa constantemente nos saberes do passado que precisam ser recuperados, resgatados e conservados, além de agregar o presente.

17 de setembro de 2011

Comênio, o pai da didática moderna

Por Márcio Ferrari   - Disponível em :   http://revistaescola.abril.com.br/

O filósofo tcheco combateu o sistema medieval, defendeu o ensino de "tudo para todos" e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os sentimentos da criança


Quando se fala de uma escola em que as crianças são respeitadas como seres humanos dotados de inteligência, aptidões, sentimentos e limites, logo pensamos em concepções modernas de ensino. Também acreditamos que o direito de todas as pessoas - absolutamente todas - à educação é um princípio que só surgiu há algumas dezenas de anos. De fato, essas idéias se consagraram apenas no século 20, e assim mesmo não em todos os lugares do mundo. Mas elas já eram defendidas em pleno século 17 por Comênio (1592-1670), o pensador tcheco que é considerado o primeiro grande nome da moderna história da educação. 
A obra mais importante de Comênio, Didactica Magna, marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente.
No livro, o pensador realiza uma racionalização de todas as ações educativas, indo da teoria didática até as questões do cotidiano da sala de aula. A prática escolar, para ele, deveria imitar os processos da natureza. Nas relações entre professor e aluno, seriam consideradas as possibilidades e os interesses da criança. O professor passaria a ser visto como um profissional, não um missionário, e seria bem remunerado por isso. E a organização do tempo e do currículo levaria em conta os limites do corpo e a necessidade, tanto dos alunos quanto dos professores, de ter outras atividades.
Comênio era cristão protestante e embora profundamente religioso, o pensador propôs uma ruptura radical com o modelo de escola até então praticado pela Igreja Católica, aquele voltado apenas para a elite e dedicado primordialmente aos estudos abstratos. Ainda vigoravam as doutrinas escolásticas da Idade Média, pelas quais todas as questões teóricas se subordinavam à teologia cristã.
O pensador ousou ser o principal teórico de um modelo de escola que deveria ensinar "tudo a todos", aí incluídos os portadores de deficiência mental e as meninas, na época alijados da educação. "Ele defendia o acesso irrestrito à escrita, à leitura e ao cálculo, para que todos pudessem ler a Bíblia e comerciar", diz Gasparin. Comênio respondia assim a duas urgências de seu tempo: o aparecimento da burguesia mercantil nas cidades européias e o direito, reivindicado pelos protestantes, à livre interpretação dos textos religiosos, proibida pela Igreja Católica.
Gravura de Comênio no seu livro Aprender brincando
A obra de Comênio corresponde também a outras novidades, entre elas "o despertar de uma nova concepção de criança", como diz Gasparin. "Ele a trata em seus livros com muita delicadeza, num tempo em que a escola existia sob a égide da palmatória", continua o professor. "A educação era vista e praticada como um castigo e não oferecia elementos para que depois as pessoas se situassem de forma mais ampla na sociedade. Comênio reagiu a esse quadro com uma pergunta: por que não se aprende brincando?"

O autor, acreditava que, por ser dotado de razão, o homem pode entender a si e a todas as coisas. Portanto, deve se dedicar a aprender e a ensinar. Seguindo esse pensamento, conclui que o mais importante na vida não é a contemplação e sim a ação, o "fazer".
No pensamento humanista do pedagogo tcheco, a instrução e o trabalho diferenciavam o homem burguês do homem feudal. Em sua trajetória, o novo indivíduo deveria imitar a natureza, porque, emulando Deus e respeitando as aptidões de cada um, não haveria possibilidade de erro. De Bacon, Comênio adotou o método empírico de explorar o mundo, em contraposição às verdades impostas pelo ensino medieval. Pela experimentação, ele acreditava que todos poderiam vir a enxergar a harmonia do universo sob o caos aparente. ". Queria mudar a escola com a didática e a sociedade com a educação", diz Gasparin. "Era um grande idealista."

Para pensar!
A maior contribuição de Comênio para a educação dos dias de hoje é, segundo o professor Gasparin, a idéia de "trazer a realidade social para a sala de aula, fazendo uso dos meios tecnológicos mais avançados à disposição". De tão fascinado pela invenção da imprensa e pela possibilidade de disseminação de conhecimento que ela representava, criou a expressão "didacografia" para designar o método universal de ensino que ele pretendia inaugurar. Nos dias de hoje, a tecnologia da informação seria capaz de realizar essa revolução? 

9 de setembro de 2011

Tecnologia ou Metodologia?

As tecnologias de comunicação e informação - TICs - na educação devem se integrar ao currículo na forma de uma proposta interdisciplinar, constituindo-se em uma possibilidade de desenvolver atividades que propiciem uma reflexão por parte do aluno,  interfirindo tanto na organização dos conteúdos como das ações
possíveis. Conforme Passerino para Zabala (2002),  " A organização dos conteúdos deve permitir o estudo de  uma realidade que sempre é complexa e em cuja aprendizagem é preciso estabelecer o máximo de relações possíveis entre os diferentes conteúdos que são aprendidos para potencializar sua capacidade explicativa. " (ZABALA, 2002, p.35). 
Sendo assim, o acesso ao laboratório de informática não garante um uso educativo das tecnologias em sala 
de aula. Para Passerino, "Só será possível efetivar uma mudança na concepção do uso das TIC no processo educativo se for revisitado a concepção de processo educativo presente no imaginário escolar e sua mudança efetiva se dará na medida em que praticas culturais sejam alteradas. "





Referências:
PASSERINO,  Liliana M. Apontamentos para uma reflexão sobre a função social das tecnologias no processo educativo.  Disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/