O brincar é essencial para o ser humano. Ao brincar a criança se aproxima do não real sendo isto importante para que ela possa distinguir o real do imaginário. É na brincadeira através da interação com o outro, que a criança aprende a se construir como um ser social. Realizar atividades lúdicas promovem o desenvolvimento social e cognitivo além de ser prazeroso.
Como a diversidade se faz presente na sala de aula em todos os níveis da Educação Básica, alunos com dificuldades em aprender, bem como crianças deficientes fazem parte deste universo heterogêneo. Assim, inserir no planejamento pedagógico atividades que envolvem a lúdicidade, torna-se essencial para que o conhecimento seja construído de forma prazerosa e promova as aprendizagens de todas as crianças, sendo elas deficientes ou não; com ou sem laudos, com dificuldades de aprendizagens ou crianças que apresentam um ótimo desenvolvimento cognitivo.
E, além de se inserir todos alunos, ao se aprender brincando, aprende-se com prazer, aprende-se incluindo.
Referência:
Brasil. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional.Pacto nacional pela alfabetização na idade certa. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. -- Brasília : MEC, SEB, 2012.
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Minhas Fotos!
16 de outubro de 2016
13 de outubro de 2016
A escola pensada no coletivo
É importante que a escola se perceba
como um espaço de mudanças e o de vir a ser um espaço realmente democrático,
onde as decisões sejam construídas no coletivo através de diálogo. É nas trocas, nas concordâncias e
discordâncias que ocorrem quando o coletivo se une, nas relações que se fazem neste ambiente, que a escola se apresente como
um espaço efetivamente democrático. Trazer a comunidade para dentro da escola é
bem mais do que uma chamada pelos responsáveis dos alunos para a entrega das
notas e que ocorrem a cada final de trimestre. Contudo, também não bastam as decisões partirem dos
professores nas conversas ou discussões que fazem nas reuniões pedagógicas, isto quando elas
ocorrem, por que em muitas situações
chegam a conclusões, nos corredores ou na sala dos professores.
A escola que temos é a escola que fazemos e acredito
que esta construção inicie no momento em
que o coletivo, professores, alunos e sociedade pare para refletir sobre suas
ações, como sujeitos de mudanças,
ativos e participativos.
Projeto Político Pedagógico - PPP
O PPP de uma escola traz o
contexto social que esta escola está inserida,
as concepções que seus professores tem do ensinar e aprender, a forma
como a sociedade escolar se coloca diante dos fazeres pedagógicos, a interação
dos alunos nos espaços escolares e como a equipe gestora conduz suas ações.
Desta forma, algumas escolas tem o diálogo, a
participação da coletividade: direção, professores, alunos e comunidade como
preponderante tanto na criação de seus documentos, como também nas
práticas educativas.
No entanto, ainda que e a escola saiba que seu projeto pedagógico deva ser construído com
a participação coletiva, é muito difícil que assim ela o faça caso a gestão não
tenha uma concepção de educação aberta e
democrática. Não basta realizar reuniões com os professores, chamar os pais e
responsáveis ou os professores coordenadores de turma para que os gestores
levem em conta as ideias e argumentos destes segmentos. Para que aconteça um
diálogo é preciso que todas as partes envolvidas se escutem e respeitem as diferentes ideias.
Uma gestão que não sabe ouvir faz com que seus professores,
pais e alunos tenham dificuldade em falar e se expor.
Assim, vemos muitos dos PPP com um discurso democrático porém
na prática não é isto que constamos.
Acredito que é preciso que se mude a forma como se dá a
comunicação entre gestão, professores, alunos e comunidade, pois se as
diferentes opiniões não são levadas em conta na ocasião da elaboração dos
planejamentos escolares, desde o plano com as ações em sala de aula ao PPP, a
escola não evidencia uma construção democrática e nem participativa e o diálogo
passa a ser apenas um monólogo de uma das partes.
Coordenador Pedagógico
Falar
em Coordenação Pedagógica é também falar na Supervisão escolar, função que
precede à Coordenação Pedagógica. Criada na década de 70, com o objetivo inicial
de controlar e inspecionar as ações dos docentes, modificou-se com o passar dos
anos. Atualmente a função de supervisor
tornou-se mais complexa, tendo que este profissional tratar da orientação,
formação e acompanhamento do trabalho pedagógico de todos os docentes da escola.
Confundindo-se com o papel de Coordenador Pedagógico, que surgiu com o intuito
de trabalhar as ações pedagógicas dos professores e assim melhorar a
aprendizagem das crianças, nas escolas a figura do Supervisor/ Coordenador
Pedagógico, por não estar seu papel bem definido, executam tarefas
diversificadas no âmbito escolar.
Assim,
resta ao Coordenador junto aos professores, pouco tempo para desenvolver formações
e elaborar estratégias pedagógicas que atendam aos alunos, respeitando as
especificidades de cada turma.
Para
tanto, primeiro faz-se necessário que o Coordenador compreenda seu papel junto
aos docentes, e promova tal compreensão e conhecimento de suas reais funções na
escola como um todo. E não se detendo a realizar tarefas que não são de sua
função como Coordenador Pedagógico, poderá realizar as formações que são de
suma importância para que a educação seja efetivamente de qualidade.
As
formações com os professores deverão ser sistemáticas, não se esgotando somente
em um ano letivo e envolvendo a participação de todos. Para isto é preciso que conheça sua equipe de professores, bem como os alunos
e o contexto escolar como um todo,
aproprie-se das prioridades e realidade da sua escola. E, em seu
planejamento contemple ações que façam destes encontros momentos de reflexão
com certeza, sem deixá-los de ser prazerosos, envolvendo atividades que
estimulem em cada professor, o querer crescer como indivíduo e como
profissional, buscando respostas às questões de aprendizagem e atendendo as múltiplas
identidades que se apresentam no âmbito escolar.
Este perfil, o de um educador que busca por
respostas, que questione o que está posto e que crie soluções para as múltiplas
situações que envolvem a sua prática docente, é como afirma Corazza (2001, p.13),
um professor é um pesquisador, onde a própria ação
de ensinar é por si só um ato de pesquisa.
Contudo
na atualidade, com o avanço tecnológico, com a facilidade e quantidade de
informações e das múltiplas identidades que se apresentam na sala de aula, muitas
vezes o educador, ao não entender esta realidade, torna a sua ação de ensinar
distante do aprender. Por não compreender esta geração, que está mais ativa e
mais informada, independente da qualidade que tem esta informação, o professor
não consegue manter um diálogo com sua turma e tendo seu trabalho pouco
reconhecido, torna-se frustrado e desestimulado.
Por
não mais saber como e o que ensinar, tenderá a buscar por respostas prontas e
por métodos descontextualizados, e distantes da realidade de seus alunos
tornando a sua aula cada vez mais desestimulante, e como em um movimento
circular, o professor frustado continua com suas aulas descontextualizadas e
desinteressantes.
Desta forma, torna-se preponderante o papel do
Coordenador Pedagógico para modificar tal situação. Tendo como função principal
a de subsidiar este professor, o Coordenador precisa realizar reuniões
pedagógicas, para que nelas ele possa argumentar com o corpo docente a necessidade
de se compreender o contexto em que seus alunos estão inseridos, para que eles
possam planejar as suas ações em consonância com as reais necessidades dos
educandos.
Elaborar
formações com embasamento teórico, que levem a reflexão do papel do professor na contemporaneidade, reconhecer as
necessidades de sua equipe docente, elaborar atividades que favoreçam a
autoestima dos professores, fazer uma reflexão com o grupo de que toda a
mudança, apesar de necessária causa insegurança e de que é na coletividade, no
diálogo que existe e na interação que se
faz, que poderão com mais facilidade, constatar as necessidades alicerçadas no
real, bem como encontrar possíveis soluções para situações que perturbam toda a
equipe.
É
preciso que o corpo docente da escola se perceba uma equipe e como um só
conjunto, crie possibilidades que possam
orientá-los a exercer sua prática docente de forma mais significativa, tanto para
os alunos como para eles próprios.
Desta
forma, tanto os professores quanto o Coordenador Pedagógico, precisam se
perceber como um educador pesquisador, atuantes no contexto educacional, e não
mais passivos encontrar respostas para o
ato de educar, formulando atividades em seu planejamento que desenvolvam as
aprendizagens de todos, reconhecendo e
respeitando as diversidades de saberes.
É a
busca por um fazer diferente, por um olhar atento as possibilidades e
necessidades de sua equipe de professores, por evidenciar o diálogo como fio
condutor, por promover a interação entre todos os educadores evidenciando um
trabalho na coletividade e por compreender os diferentes ritmos e formas de se
aprender, que estas características subsidiarão as ações da Coordenação
Pedagógica.
Para
tanto, faz necessário que a concepção do educar e do aprender do Coordenador
venha ao encontro de uma prática emancipatória e democrática, para que ele
possa levar o professor a se perceber agente de mudança, concebendo uma
educação cujos conteúdos estão intrínsecos nas aprendizagens. Que este educador,
ao refletir sobre sua prática em sala de aula, possa promover em seus alunos a
autonomia, o querer conhecer e aprender, onde o diálogo e os questionamentos
permeiam todas as suas ações pedagógicas. Que ele também, possa inserir em seu planejamento não os
conteúdos fechados e programados desde o início do ano, mas projetos de estudos
que partam do interesse sendo planejados
e construídos pelos alunos.
Que
o Coordenador, ao realizar uma formação reflexiva e ativa com seus professores,
contribua com as ações que serão desenvolvidas em sala de aula, evidenciando no
processo educativo uma prática significativa para todos, alunos e professor.
Referências
CORAZZA, Sandra Mara A formação do professor-pesquisador e a criação pedagógica. Revista
da FUNDARTE. - ano.1, v. 1, n.1 (jan.-jun. 2001) -Montenegro : Fundação
Municipal de Artes de Montenegro, 2001
Na sala de aula...
É
na escola e na interação social que ela proporciona que a criança aprende a se
tornar autônomo e a ser capaz de exercer esta autonomia com responsabilidade. (MARQUES, 2015)
Iniciei
esta atividade com esta frase, por acreditar que as ações pedagógicas a serem
desenvolvidas em sala de aula, não se referem somente ao planejamento da
professora quanto as atividades que realizará com seus alunos. Pensar em um
ambiente de aprendizagem é também pensar nas trocas sociais, cognitivas e
psicológicas que os alunos fazem ao interagir com todo o espaço escolar.
Desta
forma, acreditando que a criança constrói seu conhecimento tanto do “conteúdo”
escolar como também do mundo, acredito em um ambiente onde o diálogo entre
todos se realize de forma a se respeitar a diversidade do aprender, do ser e
dos saberes que permeiam os espaços escolares.
Nestes
últimos três anos, conheci muitas salas de aula e pouco percebi deste diálogo ocorrendo.
Vi professores preocupados em desenvolver os conteúdos programados desde o
início do ano, como se apreender tais conteúdos fosse o único objetivo da
escola. Não percebem que a aprendizagem deveria ser a base para se encontrar o
conteúdo e de que isto deveria vir do interesse destes alunos.
Poucos
professores acreditam no trabalho em grupo e na interação que esta forma de se
conviver pode promover e com isto se vê alunos sentados uns atrás dos outros,
enfileirados como se assim posicionados, pudessem ficar atentos ao professor.
Estes educandos afirmam terem medo de um fazer diferente, pois as crianças
ficam de conversas sobre assuntos diversos sem prestar atenção a aula que
acontece na frente. Poucos são aqueles que se permitem experimentar e se assim
o fizessem perceberiam que a agitação é porque estes alunos não estão
acostumados a interagir entre eles com o objetivo de trabalhar uma matéria em
sala de aula.
As
paredes, quando decoradas com trabalhos que a turma realiza, na maioria das
vezes feita por crianças dos anos iniciais, pinturas em desenhos previamente
copiados. Poucos são os trabalhos com autoria e que represente a diversidade de
assuntos que podem ser trabalhados em uma mesma aula. Pouco se vê na decoração
da sala de aula a identidade da turma.
E
sentados uns atrás dos outros, em uma sala de aula pouco estimulante ao querer
aprender, esquecidos do “perguntar” que toda a criança faz desde antes mesmo de
entrar na escola, com um professor de costas passando a matéria em quadro de
giz ou em um mais moderno como o quadro branco, não resta-lhes muito a fazer:
agitam-se na maior bagunça, brigam uns com os outros, trocam mensagens no
celular ou simplesmente viram a cadeira e ficam de conversas com os colegas de
seu entorno. Aqueles que acreditam que a escola deva ser assim e pouco refletem
em um fazer pedagógico diferente, tentam em vão entender a matéria exposta no
quadro ou em um livro didático sendo lido por dois alunos, já que não têm o
bastante para serem distribuídos um para cada um da turma. E quando o professor
é um daqueles que afirma ter controle sobre a turma, que fala mais alto e que
exige uma organização quase que militar com seus alunos, estes, mesmo que
parecendo atentos, apenas decoram a matéria sem nunca saber para que servirá em
sua vida aquele determinado conteúdo.
Ao
se chegar à sala da Direção ou da Supervisão, muitos celulares retirados dos
alunos com a alegação dos professores de deixá-los desatentos ou de
preocuparem-se somente com as conversas nas redes sociais. Contudo, o mesmo
professor que retirou o aparelho do aluno alegando proibição, atende a chamada
em sala de aula sem se preocupar em dar qualquer explicação de necessidade para
a turma, ou pensa que ninguém percebe quando o faz nos corredores, realizando
ou atendendo chamada e até mesmo interagindo nas suas redes sociais.
É
preciso que a própria escola se perceba como realmente é, que reflita sobre
suas ações e principalmente que aprenda a ter o diálogo como seu primeiro
princípio, não só no seu PPP, mas no seu dia a dia. Quando a escola conseguir
falar a mesma linguagem que as crianças e jovens, quando souber ouvir o
coletivo, quando se inteirar do contexto social em que seus alunos estão
inseridos, quando considerar o afeto e acreditar que todos são capazes, quando
conceber uma educação que tenha como base as aprendizagens e não aqueles
conteúdos fechados e pouco flexíveis, teremos assim, uma escola que concebe uma
educação para todos, uma escola que age para a diversidade, enfim, uma escola
participativa, afetiva e democrática.
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