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13 de outubro de 2016

Coordenador Pedagógico

Falar em Coordenação Pedagógica é também falar na Supervisão escolar, função que precede à Coordenação Pedagógica. Criada na década de 70, com o objetivo inicial de controlar e inspecionar as ações dos docentes, modificou-se com o passar dos anos.  Atualmente a função de supervisor tornou-se mais complexa, tendo que este profissional tratar da orientação, formação e acompanhamento do trabalho pedagógico de todos os docentes da escola. Confundindo-se com o papel de Coordenador Pedagógico, que surgiu com o intuito de trabalhar as ações pedagógicas dos professores e assim melhorar a aprendizagem das crianças, nas escolas a figura do Supervisor/ Coordenador Pedagógico, por não estar seu papel bem definido, executam tarefas diversificadas no âmbito escolar.
Assim, resta ao Coordenador junto aos professores, pouco tempo para desenvolver formações e elaborar estratégias pedagógicas que atendam aos alunos, respeitando as especificidades de cada turma.
Para tanto, primeiro faz-se necessário que o Coordenador compreenda seu papel junto aos docentes, e promova tal compreensão e conhecimento de suas reais funções na escola como um todo. E não se detendo a realizar tarefas que não são de sua função como Coordenador Pedagógico, poderá realizar as formações que são de suma importância para que a educação seja efetivamente de qualidade.
As formações com os professores deverão ser sistemáticas, não se esgotando somente em um ano letivo e envolvendo a participação de todos. Para isto é preciso que conheça  sua equipe de professores, bem como os alunos e o contexto escolar como um todo,  aproprie-se das prioridades e realidade da sua escola. E, em seu planejamento contemple ações que façam destes encontros momentos de reflexão com certeza, sem deixá-los de ser prazerosos, envolvendo atividades que estimulem em cada professor, o querer crescer como indivíduo e como profissional, buscando respostas às questões de aprendizagem e atendendo as múltiplas identidades que se apresentam no âmbito escolar.
Este perfil, o de um educador que busca por respostas, que questione o que está posto e que crie soluções para as múltiplas situações que envolvem a sua prática docente, é como afirma Corazza (2001, p.13), um professor é um pesquisador, onde a própria ação de ensinar é por si só um ato de pesquisa.
Contudo na atualidade, com o avanço tecnológico, com a facilidade e quantidade de informações e das múltiplas identidades que se apresentam na sala de aula, muitas vezes o educador, ao não entender esta realidade, torna a sua ação de ensinar distante do aprender. Por não compreender esta geração, que está mais ativa e mais informada, independente da qualidade que tem esta informação, o professor não consegue manter um diálogo com sua turma e tendo seu trabalho pouco reconhecido, torna-se frustrado e desestimulado.
Por não mais saber como e o que ensinar, tenderá a buscar por respostas prontas e por métodos descontextualizados, e distantes da realidade de seus alunos tornando a sua aula cada vez mais desestimulante, e como em um movimento circular, o professor frustado continua com suas aulas descontextualizadas e desinteressantes.
 Desta forma, torna-se preponderante o papel do Coordenador Pedagógico para modificar tal situação. Tendo como função principal a de subsidiar este professor, o Coordenador precisa realizar reuniões pedagógicas, para que nelas ele possa argumentar com o corpo docente a necessidade de se compreender o contexto em que seus alunos estão inseridos, para que eles possam planejar as suas ações em consonância com as reais necessidades dos educandos.
Elaborar formações com embasamento teórico, que levem a reflexão do papel do professor  na contemporaneidade, reconhecer as necessidades de sua equipe docente, elaborar atividades que favoreçam a autoestima dos professores, fazer uma reflexão com o grupo de que toda a mudança, apesar de necessária causa insegurança e de que é na coletividade, no diálogo que existe e  na interação que se faz, que poderão com mais facilidade, constatar as necessidades alicerçadas no real, bem como encontrar possíveis soluções para situações que perturbam toda a equipe. 
É preciso que o corpo docente da escola se perceba uma equipe e como um só conjunto, crie  possibilidades que possam orientá-los a exercer sua prática docente de forma mais significativa, tanto para os alunos como para eles próprios.
Desta forma, tanto os professores quanto o Coordenador Pedagógico, precisam se perceber como um educador pesquisador, atuantes no contexto educacional, e não mais passivos  encontrar respostas para o ato de educar, formulando atividades em seu planejamento que desenvolvam as aprendizagens de todos, reconhecendo  e respeitando as diversidades de saberes.
É a busca por um fazer diferente, por um olhar atento as possibilidades e necessidades de sua equipe de professores, por evidenciar o diálogo como fio condutor, por promover a interação entre todos os educadores evidenciando um trabalho na coletividade e por compreender os diferentes ritmos e formas de se aprender, que estas características subsidiarão as ações da Coordenação Pedagógica.
Para tanto, faz necessário que a concepção do educar e do aprender do Coordenador venha ao encontro de uma prática emancipatória e democrática, para que ele possa levar o professor a se perceber agente de mudança, concebendo uma educação cujos conteúdos estão intrínsecos nas aprendizagens. Que este educador, ao refletir sobre sua prática em sala de aula, possa promover em seus alunos a autonomia, o querer conhecer e aprender, onde o diálogo e os questionamentos permeiam todas as suas ações pedagógicas. Que ele também,  possa inserir em seu planejamento não os conteúdos fechados e programados desde o início do ano, mas projetos de estudos que  partam do interesse sendo planejados e construídos pelos alunos.
Que o Coordenador, ao realizar uma formação reflexiva e ativa com seus professores, contribua com as ações que serão desenvolvidas em sala de aula, evidenciando no processo educativo uma prática significativa para todos, alunos e professor. 
  

Referências

CORAZZA, Sandra Mara A formação do professor-pesquisador e a criação pedagógica. Revista da FUNDARTE. - ano.1, v. 1, n.1 (jan.-jun. 2001) -Montenegro : Fundação Municipal de Artes de Montenegro, 2001

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