A o fixar a avaliação como um único fim: o de decidir a aprovação ou reprovação, e de nos detivermos em instrumentos que resultem em uma nota ou pontuação, estaremos nos distanciado do processo de aprendizagem, utilizando as provas e trabalhos só para classificar a turma.
Ao vincular a avaliação, unicamente, ao desempenho do educando, o professor estará utilizando-a como instrumento para classificar e rotular os alunos entre os bons, os que dão trabalho e os que não têm jeito. E no final de cada trimestre, depois dos alunos terem realizado provas objetivas que resultem em uma nota, a avaliação sendo levada como ponto de chegada será desprezado todo o processo pedagógico. As ações, as hipóteses os questionamentos e as aprendizagens que o aluno construiu até o momento da realização da prova, não será considerado.
No entanto ao adequá-la ao currículo a cada momento da aprendizagem e ao questionarmos as estratégias metodológicas desenvolvidas, modificando-as quando necessário, a avaliação fará parte integrante deste processo.
Não existem ações certas ou erradas, mas sim elementos que melhor se adaptam a cada situação didática. O importante é que possamos nos utilizar de vários instrumentos avaliativos tais como: a observação, a aplicação de provas, a escrita de redações com temas livres ou conduzidos, a participação nos eventos, o trabalho em grupo, as interações realizadas no ambiente escolar, os questionamentos, as hipóteses, entre outros instrumentos que servirão para que o professor perceba o quanto aquele aluno apreendeu de tudo o que foi explorado em sala de aula.
Professor e aluno precisam interagir, onde cabe ao primeiro identificar o que quer e ao segundo, colocar-se como parceiro e responsável pelo seu aprendizado. É no coletivo, na interação entre educadores e educandos que ao se discutir os critérios avaliativos se obterá o melhor resultado para todos, indistintamente.
Para Luckesi (2001), a boa avaliação envolve três passos:
• Saber o nível atual de desempenho do aluno (etapa também conhecida como diagnóstico);
• Comparar essa informação com aquilo que é necessário ensinar no processo educativo (qualificação);
• Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados (planejar atividades, sequências didáticas ou projetos de ensino, com os respectivos instrumentos avaliativos para cada etapa).
O autor afirma que a avaliação deve ser “[...] pontual ou contínua, [...] só faz sentido quando leva ao desenvolvimento do educando.” Ainda, segundo o autor, especialistas definem em quatro grupos a quem interessa a avaliação:
> ao aluno, que tem o direito de conhecer o próprio processo de aprendizagem para se empenhar na superação das necessidades;
> aos pais, corresponsáveis pela Educação dos filhos e por parte significativa dos estímulos que eles recebem;
> ao professor, que precisa constantemente avaliar a própria prática de sala de aula;
à equipe docente, que deve garantir continuidade e coerência no percurso escolar de todos os estudantes.
Sendo assim, ao concebermos a avaliação com o um processo permanente que contemple a todos os fatores que incidem nas ações pedagógicas durante todo o ano letivo e não somente no final de cada trimestre através de um único instrumento como a prova final, compreenderemos a progressão de cada criança.
E, ainda que algum aluno não consiga alcançar progressos significativos nas suas aprendizagens, faz-se necessária que levemos em conta na decisão final, todo o histórico deste aluno e não somente a “nota” alcançada no último instrumento avaliativo.
Referências:
LUKCKESI, Cipriano. Disponível em http://www.revistaescola.abril.com.br
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