O currículo e as tecnologias

A aprendizagem é um processo múltiplo, onde o professor se utiliza de estratégias diversas para que o ensino favoreça a construção progressiva, continuada e integrada das habilidades e conhecimentos de cada criança.
Desta forma, todas as estratégias são importantes e quando considerarmos que a escola tem como função social formar o cidadão em sua totalidade, construindo conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante solidário, crítico, ético e participativo, é necessário que levemos em conta a realidade na qual este aluno está inserido.
No Artigo 26 da vigente Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9.394, 20 de dezembro de 1996 é definido que: “Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”.
Sendo assim, ao considerarmos o currículo como os conteúdos, as informações e as atividades humanas necessárias para aquisição de conhecimentos, conforme o Artigo acima mencionado caberá ao professor inserir em seu planejamento didático-pedagógico, atividades que respeitem às diferenças dos estudantes e estejam adequadas às reais condições da comunidade escolar.
Ao percebermos o aluno como centro do processo de ensino-aprendizagem, consciente de suas condições, vivenciando o processo em todas as suas etapas, crescendo, inserindo-se na comunidade como um elemento reformulador do meio, do tempo e da história; o professor deverá incluir no planejamento de gestão da sala de aula, todo o material que possa fazer sua prática vir ao encontro desta visão de aluno. Desta maneira ao integrarmos currículo à diferentes tecnologias desde as mais convencionais à digital, como afirma Almeida e Prado (2008), potencializaremos o processo de ensino e aprendizagem.
Para as autoras, o planejamento deverá ser “[...] flexível e aberto ao desenvolvimento de propostas curriculares, metodologias de trabalho e estratégias de atuação docente [...] e de que leve em conta as contribuições tecnológicas disponíveis para o alcance dos objetivos pedagógicos da ação pedagógica de cada professor.
Assim, fundando no respeito, no saber e na cultura do aluno, o educador ao integrar as tecnologias em seu planejamento, estará promovendo a formação de pessoas de espírito participativo, com mentalidade aberta. E, ao favorecer a criação de um ambiente no qual o aluno sinta-se motivado a investigar, indagar e aprender, o professor estará promovendo o avanço e a expansão do desenvolvimento intelectual e sócio-emocional como um todo de maneira qualitativa.


REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. PRADO, Maria Elisabette Brisola Brito. Desafios e possibilidades da integração de tecnologias ao currículo. IN Ensinando e Aprendendo com as TIC, Brasilia: MEC/SEC-EAD, 2008.
BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:  http://www.planalto.gov.br  Acessado em: 11 abr. 2009.