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26 de setembro de 2011

Atividades de Alfabetização

Atividades pedagógicas (elaboradas por  Dalla Zen (2009)

Jogo do alfabeto com objetos

Elaborar um cartaz (papel pardo ou jornal) com letras de A à Z escritas (ou com um número menor de letras) em quadrados regulares. Dispor as crianças em círculo, colocando o cartaz no centro. Trazer um saco com pequenos e variados objetos. Cada criança tira um objeto, diz o nome e a letra inicial do nome do objeto. Após, coloca o objeto no cartaz, na letra correspondente. Depois, podem escolher algumas palavras para registrar e desenhar. Formar essas palavras com letras móveis. Criar uma história coletiva com duas palavras. Registrar a história em cartaz para sistematizá-la em outro dia.


Jogo do pare
Em um saco, colocar palavras estudadas (as do tesouro ou coleção), mais uma ficha colorida com a palavra “PARE”. Pedir a um aluno que leia as fichas até encontrar o PARE. Passar o saco adiante... Após, as crianças podem registrar as palavras lidas.

Jogo do quantas palavras...
Escrever no quadro as palavras estudadas (as do texto da semana). Colocar em um saco números correspondentes ao número de palavras. Cada criança tira uma ficha e lê a quantidade de palavras conforme o número retirado. Poderá escolher as palavras. Pode copiar as palavras lidas para sistematização do repertório.

Jogo do apagador
Escrever a lista de palavras da coleção no quadro. Pedir que as crianças observem com atenção essas palavras. Solicitar que fechem os olhos. Apagar uma palavra. Eles devem identificar a palavra apagada escrevendo-a em silêncio. Verificar se acertaram; escrever a palavra e continuar o jogo...

Letras móveis
Pensar em atividades diversificadas para grupos diferenciados ou por níveis de leitura e escrita. Escrever seus nomes, o nome de colegas. Escrever as palavras da coleção (dos textos, dos livrinhos). Para o grupo com hipóteses mais avançadas, oferecer uma imagem para que formem palavras correspondentes à leitura. Podem formar uma pequena frase, por exemplo.

Outras possibilidades
Desenhar objetos, animais. Identificar com eles os nomes e após pedir que liguem os desenhos às letras iniciais ou às palavras. Contar quantas letras (desenhar um lápis mostrando quantas letras há na palavra; desenhar boquinhas, conforme número de sílabas.

Brincar com o alfabeto da sala
Dizer os nomes das letras, sempre enfatizando a correspondência som/letra. Esconder algumas antes de a aula começar e pedir que descubram quais forma escondidas.

Chamada interativa
Com os nomes deles: pensar em modalidades
Apresentar 3 cartelas com palavras, sendo que 2 iniciam com a mesma letra/som. Eles têm que descobrir que palavra não tem o mesmo som inicial. Ex. casa, bola e cola. Pensar em outras palavras com o mesmo som inicial das apresentadas. Escrever, ler as palavras. Os textos sempre são base para a escolha de palavras.
Dizer palavras que rimam com ..................  A professora diz uma palavra e eles continuam. Escrever essa pequena lista.

Tirando palavras das continhas (para quem já está alfabetizado) bola + da = bolada      piolho – pi = olho  ...

Palavras dentro (para quem já está alfabetizado)  armário tem: mar, Mário, ar, arma, rio...
piolho tem: olho     (explorar a escrita das palavras: o que mudou? Sons abertos / fechados, letras maiúsculas, som e posição de algumas letras)

22 de setembro de 2011

Informática na educação 2

Durante muito tempo os professores vêm desenvolvendo uma ação educativa fundada na oralidade, no passar o conteúdo, previamente estipulado pela escola, no quadro de giz e na correção de provas e trabalhos por eles  planejados.
A concepção que orienta esta prática é a empirista, na qual o sujeito é totalmente determinado pelos estímulos que o rodeiam. Neste modelo, cabe ao professor o papel de transmitir conhecimento através da oralidade, e ao aluno, apenas executar ações.
Uso da calculadora -
Projeto: Comprando no mercado
O avanço tecnológico modificou consideravelmente o panorama social alterando a maneira de como de nos comunicamos e de como acessamos as informações que esta tecnologia nos proporciona.
A forma de “ensinar” deveria mudar, já que a concepção do “aprender” também mudou.
Se outrora bastava o aluno copiar que supunha estar aprendendo (decorava?), atualmente esta situação não é mais possível. Hoje o aluno precisa aplicar aquilo que sabe e buscar compreender dando um significado para aquilo que está produzindo.
Segundo Lopes (2004) para Borba “[...] nas escolas públicas e particulares o estudante deve poder usufruir de uma educação que inclua uma alfabetização tecnológica. Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática, mas, sim, como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc.”
Usar o computador apenas como forma de reproduzir uma aula de antigamente não desenvolve o potencial do aluno em compreender o que se está fazendo. A introdução das tecnologias na sala de aula deverá envolver o aluno a “[...] estabelecer novas relações com a história, consigo mesmo, com o mundo e com o saber.” (ALMEIDA, 2005). Isto somente será possível se a escola se utilizar  de um fazer com reflexão, onde todos, alunos e professores ao explorar4em suas hipóteses estarão desenvolvendo autonomia, sendo autores de suas aprendizagens. 

Referências:
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Gestão de tecnologias na escola: possibilidades de uma prática democrática. In Tecnologias para a Gestão Democrática. Brasília, 2005.
ANTONIO, José Carlos. Pesquisa escolarna Internet: Ctrl+C & Ctrl+V versus Cópia Manuscrita, Professor Digital , SBO, 31 jan. 2010. Disponível em:.Acesso em: 15 de setembro de 2011.
LOPES, José Junio. A Introdução da Informática no ambiente escolar. Disponível em: http://www.clubedoprofessor.com.br/artigos/artigojunio.htm Acesso em: 16 de setembro de 2011.

19 de setembro de 2011

Trabalho por Projetos - Fernando Hernández

Síntese da entrevista feita por Cristiane Marangon com Fernando Hernández, para a Revista Nova Escola.

        Segundo Fernando Hernández o trabalho com projetos começou em 1982, quando ele trabalhava no Instituto de Educação da Universidade de Barcelona e uma colega o apresentou a um grupo de mestres que lecionavam para crianças entre oito e dez anos de idade. Eles tinham uma dúvida que era saber se a escola estava ensinando a estabelecer relações, ou seja, a globalizar. Hernández trabalhou com toda a escola durante cinco anos e, como resposta a essa inquietação, o currículo foi organizado por pesquisa de projetos de trabalho.
        A diferença fundamental entre projetos de trabalho e pedagogia de projetos é, em primeiro lugar, o contexto histórico. A pedagogia de projetos surge nos anos 1920 e projeto de trabalho nos anos 1980, além de os princípios serem diferentes. A pedagogia de projetos trabalha um modelo fordista, que prepara as crianças apenas para o trabalho em uma fábrica, sem incorporar aspectos da realidade cotidiana dentro da escola. Os projetos de trabalho tentam uma aproximação da escola com o aluno e se vinculam muito à pesquisa sobre algo emergente. Uma coisa não é melhor que outra, mas são diferentes
         O trabalho do docente deve ser compartilhado e quando surge uma questão emergente em sala de aula, esse assunto deve pertencer à escola e não se restringir a um único educador. Os docentes ao discutirem uma proposta, expor suas ideias e darem sugestões estarão se envolvendo no processo. O professor ao trocar informações de seu fazer pedagógico estará ampliando seu espaço de interação, que passará de uma ação restrita a sala para a escola como um todo. Para Hernández, esta é uma mudança importante e fundamental.
          Para se desenvolver um projeto é necessário que se tenha um problema para iniciar uma pesquisa. Pode ser sobre uma inquietação ou sobre uma posição a respeito do mundo. O docente tem a capacidade de escutar o que está acontecendo dentro e fora da sala de aula, mas o problema pode sair de uma questão que as crianças levem para a escola ou ser um tema emergente na imprensa. É importante trabalhar as maneiras de olhar o mundo e que são diversas, mas não basta somente localizá-las e sim entender o significado delas. O resultado é que se constrói uma situação de aprendizagem em que os próprios estudantes começam a participar do processo de criação, pois buscam respostas às suas dúvidas e isso é o projeto de trabalho.
           O autor afirma que projeto de trabalho não é uma fórmula, mas uma concepção de educação onde se trabalha a partir de pesquisa, sendo bom e necessário que os estudantes se encontrem com diferentes situações para aprender.
         A escola, como toda instituição social, tem de dialogar com as coisas que estão acontecendo, pois o mundo atual sofreu um processo de globalização da informação e comunicação, implicando com que a escola reflita sobre sua função e seus objetivos. Ela tem de ser uma instituição que pensa constantemente nos saberes do passado que precisam ser recuperados, resgatados e conservados, além de agregar o presente.

17 de setembro de 2011

Comênio, o pai da didática moderna

Por Márcio Ferrari   - Disponível em :   http://revistaescola.abril.com.br/

O filósofo tcheco combateu o sistema medieval, defendeu o ensino de "tudo para todos" e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os sentimentos da criança


Quando se fala de uma escola em que as crianças são respeitadas como seres humanos dotados de inteligência, aptidões, sentimentos e limites, logo pensamos em concepções modernas de ensino. Também acreditamos que o direito de todas as pessoas - absolutamente todas - à educação é um princípio que só surgiu há algumas dezenas de anos. De fato, essas idéias se consagraram apenas no século 20, e assim mesmo não em todos os lugares do mundo. Mas elas já eram defendidas em pleno século 17 por Comênio (1592-1670), o pensador tcheco que é considerado o primeiro grande nome da moderna história da educação. 
A obra mais importante de Comênio, Didactica Magna, marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente.
No livro, o pensador realiza uma racionalização de todas as ações educativas, indo da teoria didática até as questões do cotidiano da sala de aula. A prática escolar, para ele, deveria imitar os processos da natureza. Nas relações entre professor e aluno, seriam consideradas as possibilidades e os interesses da criança. O professor passaria a ser visto como um profissional, não um missionário, e seria bem remunerado por isso. E a organização do tempo e do currículo levaria em conta os limites do corpo e a necessidade, tanto dos alunos quanto dos professores, de ter outras atividades.
Comênio era cristão protestante e embora profundamente religioso, o pensador propôs uma ruptura radical com o modelo de escola até então praticado pela Igreja Católica, aquele voltado apenas para a elite e dedicado primordialmente aos estudos abstratos. Ainda vigoravam as doutrinas escolásticas da Idade Média, pelas quais todas as questões teóricas se subordinavam à teologia cristã.
O pensador ousou ser o principal teórico de um modelo de escola que deveria ensinar "tudo a todos", aí incluídos os portadores de deficiência mental e as meninas, na época alijados da educação. "Ele defendia o acesso irrestrito à escrita, à leitura e ao cálculo, para que todos pudessem ler a Bíblia e comerciar", diz Gasparin. Comênio respondia assim a duas urgências de seu tempo: o aparecimento da burguesia mercantil nas cidades européias e o direito, reivindicado pelos protestantes, à livre interpretação dos textos religiosos, proibida pela Igreja Católica.
Gravura de Comênio no seu livro Aprender brincando
A obra de Comênio corresponde também a outras novidades, entre elas "o despertar de uma nova concepção de criança", como diz Gasparin. "Ele a trata em seus livros com muita delicadeza, num tempo em que a escola existia sob a égide da palmatória", continua o professor. "A educação era vista e praticada como um castigo e não oferecia elementos para que depois as pessoas se situassem de forma mais ampla na sociedade. Comênio reagiu a esse quadro com uma pergunta: por que não se aprende brincando?"

O autor, acreditava que, por ser dotado de razão, o homem pode entender a si e a todas as coisas. Portanto, deve se dedicar a aprender e a ensinar. Seguindo esse pensamento, conclui que o mais importante na vida não é a contemplação e sim a ação, o "fazer".
No pensamento humanista do pedagogo tcheco, a instrução e o trabalho diferenciavam o homem burguês do homem feudal. Em sua trajetória, o novo indivíduo deveria imitar a natureza, porque, emulando Deus e respeitando as aptidões de cada um, não haveria possibilidade de erro. De Bacon, Comênio adotou o método empírico de explorar o mundo, em contraposição às verdades impostas pelo ensino medieval. Pela experimentação, ele acreditava que todos poderiam vir a enxergar a harmonia do universo sob o caos aparente. ". Queria mudar a escola com a didática e a sociedade com a educação", diz Gasparin. "Era um grande idealista."

Para pensar!
A maior contribuição de Comênio para a educação dos dias de hoje é, segundo o professor Gasparin, a idéia de "trazer a realidade social para a sala de aula, fazendo uso dos meios tecnológicos mais avançados à disposição". De tão fascinado pela invenção da imprensa e pela possibilidade de disseminação de conhecimento que ela representava, criou a expressão "didacografia" para designar o método universal de ensino que ele pretendia inaugurar. Nos dias de hoje, a tecnologia da informação seria capaz de realizar essa revolução? 

9 de setembro de 2011

Tecnologia ou Metodologia?

As tecnologias de comunicação e informação - TICs - na educação devem se integrar ao currículo na forma de uma proposta interdisciplinar, constituindo-se em uma possibilidade de desenvolver atividades que propiciem uma reflexão por parte do aluno,  interfirindo tanto na organização dos conteúdos como das ações
possíveis. Conforme Passerino para Zabala (2002),  " A organização dos conteúdos deve permitir o estudo de  uma realidade que sempre é complexa e em cuja aprendizagem é preciso estabelecer o máximo de relações possíveis entre os diferentes conteúdos que são aprendidos para potencializar sua capacidade explicativa. " (ZABALA, 2002, p.35). 
Sendo assim, o acesso ao laboratório de informática não garante um uso educativo das tecnologias em sala 
de aula. Para Passerino, "Só será possível efetivar uma mudança na concepção do uso das TIC no processo educativo se for revisitado a concepção de processo educativo presente no imaginário escolar e sua mudança efetiva se dará na medida em que praticas culturais sejam alteradas. "





Referências:
PASSERINO,  Liliana M. Apontamentos para uma reflexão sobre a função social das tecnologias no processo educativo.  Disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/

23 de agosto de 2011

Processo de Ensino e Aprendizagem

(Texto retirado do Curso Midias na Educação/UFRGS/2011 - escrito por Anita Raquel S. Grando)


      Para Fernández (1998), as reflexões sobre o estado atual do processo ensino-aprendizagem nos permite identificar um movimento de idéias de diferentes correntes teóricas sobre a profundidade do binômio ensino e aprendizagem.
      Entre os fatores que estão provocando esse movimento podemos apontar as contribuições da Psicologia atual em relação à aprendizagem, que nos leva a repensar nossa prática educativa, buscando uma conceptualização do processo ensino-aprendizagem.
      As contribuições da teoria construtivista de Piaget, sobre a construção do conhecimento e os mecanismos de influência educativa têm chamado a atenção para os processos individuais, que têm lugar em um contexto interpessoal e que procuram analisar como os alunos aprendem, estabelecendo uma estreita relação com os processos de ensino em que estão conectados.
      Os mecanismos de influência educativa têm um lugar no processo de ensino-aprendizagem, como um processo onde não se centra atenção em um dos aspectos que o compreendem, mas em todos os envolvidos.
      Se analisarmos a situação atual da prática educativa em nossas escolas identificaremos problemas como: a grande ênfase dada a memorização, pouca preocupação com o desenvolvimento de habilidades para reflexão crítica e auto-crítica dos conhecimento que aprende; as ações ainda são centradas nos professores que determinam o quê e como deve ser aprendido e a separação entre educação e instrução.
      A solução para tais problemas está no aprofundamento de como os educandos aprendem e como o processo de ensinar pode conduzir à aprendizagem.
     O processo de ensino-aprendizagem tem sido historicamente caracterizado de formas diferentes (clique aqui para visualizar as tendências), que vão desde a ênfase no papel do professor como transmissor de conhecimento, até as concepções atuais que concebem o processo de ensino-aprendizagem com um todo integrado que destaca o papel do educando.
     Nesse último enfoque, considera-se a integração do cognitivo e do afetivo, do instrutivo e do educativo como requisitos psicológicos e pedagógicos essenciais.
     A concepção defendida aqui é que o processo de ensino-aprendizagem é uma integração dialética entre o instrutivo e o educativo que tem como propósito essencial contribuir para a formação integral da personalidade do aluno. O instrutivo é um processo de formar homens capazes e inteligentes. Entendendo por homem inteligente quando, diante de uma situação problema ele seja capaz de enfrentar e resolver os problemas, de buscar soluções para resolver as situações. Ele tem que desenvolver sua inteligência e isso só será possível se ele for formado mediante a utilização de atividades lógicas. O educativo se logra com a formação de valores, sentimentos que identificam o homem como ser social, compreendendo o desenvolvimento de convicções, vontade e outros elementos da esfera volitiva e afetiva que junto com a cognitiva permitem falar de um processo de ensino-aprendizagem que tem por fim a formação multilateral da personalidade do homem.
     A eficácia do processo de ensino-aprendizagem está na resposta em que este dá à apropriação do conhecimentos, ao desenvolvimento intelectual e físico do estudante, à formação de sentimentos, qualidades e valores, que alcancem os objetivos gerais e específicos propostos em cada nível de ensino de diferentes instituições,conduzindo a uma posição transformadora, que promova as ações coletivas, a solidariedade e o viver em comunidade.
     A concepção de que o processo de ensino-aprendizagem é uma unidade dialética entre a instrução e a educação está associada à idéia de que igual característica existe entre ensinar e aprender. Esta relação nos remete a uma concepção de que o processo de ensino-aprendizagem tem uma estrutura e um funcionamento sistêmico, isto é, está composto por elementos estreitamente interrelacionados.
     Todo ato educativo obedece determinados fins e propósitos de desenvolvimento social e econômico e em conseqüência responde a determinados interesses sociais, sustentam-se em uma filosofia da educação, adere a concepções epistemológicas específicas, leva em conta os interesses institucionais e, depende, em grande parte, das características, interesses e possibilidades dos sujeitos participantes, alunos, professores, comunidades escolares e demais fatores do processo. A visão tradicional do processo ensino-aprendizagem é que ele é um processo neutro, transparente, afastado da conjuntura de poder, história e contexto social. O processo ensino-aprendizagem deve ser compreendido como uma política cultural, isto é, como um empreendimento pedagógico que considera com seriedade as relações de raça, classe, gênero e poder na produção e legitimação do significado e experiência. Tradicionalmente este processo tem reproduzido as relações capitalistas de produção e ideologias legitimadoras dominantes ao ignorarem importantes questões referentes às relações entre conhecimento x poder e cultura x política. O produto do processo ensino-aprendizagem é o conhecimento. Partindo desse princípio, concebe-se que o conhecimento é uma construção social, assim torna-se necessário examinar a constelação de interesses econômicos, políticos e sociais que as diferentes formas de conhecer podem refletir. Para que o processo ensino-aprendizagem possa gerar possibilidades de emancipação é necessário que os professores compreendam a razão de ser dos problemas que enfrentam e assuma um papel de sujeito na organização desse processo. As influências sócio-político-econômicas, exercem sua ação inclusive nos pequenos atos que ocorrem na sala de aula, ainda que não sejam conscientes. Ao selecionar algum destes componentes para aprofundar deve-se levar em conta a unidade, os vínculos e os nexos com os outros componentes.
     O componente é uma propriedade ou atributo de um sistema que o caracteriza; não é uma parte do sistema e sim uma propriedade do mesmo, uma propriedade do processo docente-educativo como um todo. Identificamos como componente do processo de ensino-aprendizagem:
  •     Aluno - devem responder a pergunta: "quem?"
  •     Professor
  •     Problema – elemento que é determinado a partir da necessidade do aprendiz.
  •     Objetivo – deve responder a pergunta: "Para que ensinar?"
  •     Conteúdo - deve responder a pergunta: "O que aprender?"
  •     Métodos - deve responder a pergunta: "Como desenvolver o processo?"
  •     Recursos- deve responder a pergunta: "Com o quê?"
     Avaliação é o elemento regulador, sua realização oferece informação sobre a qualidade do processo de ensino aprendizagem, sobre a efetitividade dos outros componentes e das necessidades de ajuste, modificações que o sistema deve usufruir.
     A integração de todos os componentes forma o sistema, neste caso o processo de ensino-aprendizagem. As reflexões sobre o caráter sistêmico dos componentes do processo de ensino-aprendizagem e suas relações são importantes em função do caráter bilateral da comunicação entre professor-aluno; aluno-aluno, grupo-professor, professor-professor. 

Referências Bibliográficas:
CAPRA, Fritjof – A teia da vida. São Paulo: Cultrix, 1996 D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. Campinas, SP: Papirus, 1999

FERNÁNDEZ. Fátima Addine. Didática y optimización del processo de enseñanza-aprendizaje. IN: Instituto Pedagógico Latinoamericano y Caribeño – La Havana – Cuba, 1998

6 de agosto de 2011

Um "causo": Jesus professor

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Ele os preparava para serem os educadores. Tomando a palavra, disse-lhes:
"Em verdade, em verdade vos digo: Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes...
Pedro o interrompeu: - Mestre, vamos ter que saber isso de cor?
André perguntou: - É pra copiar?
Filipe lamentou-se: - Esqueci meu papiro!
Bartolomeu quis saber: - Vai cair na prova?
João levantou a mão: - Posso ir ao banheiro?
Judas Iscariotes resmungou: - O que é que a gente vai ganhar com isso?
Judas Tadeu defendeu-se: - Foi o outro Judas que perguntou!
Tomé questionou: - Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?
Tiago Maior indagou: - Vai valer nota?
Tiago Menor reclamou: - Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.
Simão Zelote, gritou nervoso: - Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?
Mateus queixou-se: - Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!
--
Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula?
- Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica?
- Quais são os objetivos gerais e específicos?
- Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?
Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas?
- E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais?
- Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?
Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade.
- Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
- E vê lá se não vai reprovar alguém!
E, foi nesse momento que Jesus disse:
"Senhor, por que me abandonastes..."

16 de junho de 2011

Só por um minuto!

Todos dizem que estacionar na vaga de deficientes não tem problema se for só por um minuto, mas e se for o contrário?

10 de junho de 2011

Projeto: Galeria virtual de artes

Este projeto foi retirado da  Revista Nova Escola
http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/como-criar-galeria-virtual-arte-624703.shtml


Para alunos com deficiência visual
Objetivo: - Apreciar acervos online.
Conteúdo: - Arte visual.
Anos : 4º e 5º.
Tempo estimado : 15 aulas.
Material necessário: Computadores com acesso à internet, mapa-múndi e lista dos grandes museus de arte no mundo.

Para ajudar os alunos cegos a navegar pelas galerias virtuais vale lançar mão de softwares específicos para este fim, como o Jauss, por exemplo. Mesmo assim, procure saber, antecipadamente, que noções este aluno tem sobre as artes visuais (em especial sobre a pintura) e faça com que os colegas sirvam como narradores das obras consultadas - comentando para o aluno cores, formas e elementos que devem ser observados. No Google Art Project há uma série de pequenos textos explicativos das obras, que podem ser consultados pelo aluno cego com a ajuda do professor ou dos softwares já mencionados. Se necessário, antecipe algumas etapas e conte com a ajuda do AEE no contraturno. Você pode preparar materiais em braile sobre artistas e obras e imprimir algumas pinturas, ressaltando elementos com cola de relevo, para que o aluno aprimore sua apreciação.

Desenvolvimento
1ª etapa: Pergunte se alguém já visitou museus de arte e sabe os critérios para organizar uma coleção de arte. Explique que o curador é o responsável pelo trabalho e que, com base em propostas, escolhe as obras.
2ª etapa: Apresente a lista dos grandes museus e situe alguns no mapa-múndi para mostrar o quão distantes estão do Brasil. Questione como a turma imagina que a internet pode ser útil para encurtar as distâncias. Explique que certas instituições disponibilizam parte do acervo na rede e que o Google Art Project reúne várias delas.
3ª etapa: Divida as crianças em trios e incentive a navegação pelo Art Project. Sugira que visitem vários museus. Chame a atenção para os tipos de coleção exibidos (arte moderna, por exemplo), o ambiente (pintam as paredes ou utilizam cenários, por exemplo) e oriente o uso da ferramenta de zoom.
4ª etapa: Divida as crianças em trios ou quartetos e sorteie um museu para cada um. Peça que naveguem por ela, apreciando o acervo, para apresentá-la aos colegas mais tarde. Se possível, como tarefa de casa, o grupo deve explorar todas as instituições na internet para que haja um debate após as apresentações. Supervisione as visitas virtuais e as apresentações, acrescentando observações.
5ª etapa: Convide os alunos a criar uma galeria virtual no Art Project e divulgá-la por e-mail para a comunidade escolar. Os critérios para a seleção das obras podem ser vários - o gênero (como paisagem ou retrato), a época ou a nacionalidade do artista, por exemplo. É possível também organizar uma galeria que apresente os destaques de cada museu. A turma deve recorrer ao que aprendeu durante a pesquisa e às apresentações da etapa anterior para fazer as escolhas.
6ª etapa: Com o acervo pronto, peça que cada estudante escreva uma legenda e registre na galeria. Sugira explorar o site novamente para buscar os elementos que normalmente as compõem (como informações a respeito do artista e técnica utilizada). Organize também a elaboração do texto de apresentação da coleção, para ser enviado por e-mail à comunidade escolar, juntamente com o endereço virtual da galeria, e providencie o envio das mensagens.

Avaliação

Reúna as crianças para conversar sobre a relevância da preservação da memória da produção artística da humanidade e a respeito das perspectivas possíveis para a elaboração de um acervo. Busque nas falas dos alunos exemplos relacionados à experiência da visita virtual feita com o Google Art Project e analise os critérios usados para montar a galeria.

Consultoria: Maria José Spiteri - Professora da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul) e da Universidade São Judas Tadeu.

25 de maio de 2011

Livro: Por uma vida melhor

Artigo de Marcos Bagno: Sobre a polêmica do livro Por Uma Vida Melhor

Polêmica ou ignorância?


Na semana passada, o site IG noticiou que o Ministério da Educação comprou e distribuiu, para 4.236 mil escolas públicas, um livro que “ensina o aluno a falar errado”. Os jornalistas Jorge Felix e Tales Faria -  do Blog Poder On Line, hospedado no portal – se basearam em exemplos de um capítulo do livro Por Uma Vida Melhor para afirmar que, segundo os autores da coleção organizada pela ONG Ação Educativa, não há nenhum problema em se falar “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”. Calçaram sua tese no seguinte trecho de um capítulo que diferencia o uso da língua culta e da falada:”Você pode estar se perguntando: “Mas eu posso falar os livro?”. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”. O fato de haver outros capítulos, no mesmo livro, que propõem a leitura e discussão de obras de autores como Cervantes, Machado de Assis e Clarice Lispector e ensina modos de leitura, produção e revisão de textos não foi citado. Mas a discussão sobre como registrar as diferenças entre o discurso oral e o escrito esquentou, principalmente após o colunista da Folha de S. Paulo Clóvis Rossi vociferar, no último domingo, que tal livro é “criminoso”.

Veja abaixo a opinião do linguista Marcos Bagno, pesquisador dos temas relacionados às variações linguísticas e professor da Universidade de Brasília:

Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua.
Jornalistas desinformados abrem um livro didático, leem metade de meia página e saem falando coisas que depõem sempre muito mais contra eles mesmos do que eles mesmos pensam (se é que pensam nisso, prepotentemente convencidos que são, quase todos, de que detêm o absoluto poder da informação).

Polêmica? Por que polêmica, meus senhores e minhas senhoras? Já faz mais de quinze anos que os livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no mercado e avaliados e aprovados pelo Ministério da Educação abordam o tema da variação linguística e do seu tratamento em sala de aula. Não é coisa de petista, fiquem tranquilas senhoras comentaristas políticas da televisão brasileira e seus colegas explanadores do óbvio.

Já no governo FHC, sob a gestão do ministro Paulo Renato, os livros didáticos de português avaliados pelo MEC começavam a abordar os fenômenos da variação linguística, o caráter inevitavelmente heterogêneo de qualquer língua viva falada no mundo, a mudança irreprimível que transformou, tem transformado, transforma e transformará qualquer idioma usado por uma comunidade humana. Somente com uma abordagem assim as alunas e os alunos provenientes das chamadas “classes populares” poderão se reconhecer no material didático e não se sentir alvo de zombaria e preconceito. E, é claro, com a chegada ao magistério de docentes provenientes cada vez mais dessas mesmas “classes populares”, esses mesmos profissionais entenderão que seu modo de falar, e o de seus aprendizes, não é feio, nem errado, nem tosco, é apenas uma língua diferente daquela — devidamente fossilizada e conservada em formol — que a tradição normativa tenta preservar a ferro e fogo, principalmente nos últimos tempos, com a chegada aos novos meios de comunicação de pseudoespecialistas que, amparados em tecnologias inovadoras, tentam vender um peixe gramatiqueiro para lá de podre.

Enquanto não se reconhecer a especificidade do português brasileiro dentro do conjunto de línguas derivadas do português quinhentista transplantadas para as colônias, enquanto não se reconhecer que o português brasileiro é uma língua em si, com gramática própria, diferente da do português europeu, teremos de conviver com essas situações no mínimo patéticas.
[...]
 Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.

Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles — se julgarem pertinente, adequado e necessário — possam vir a usá-la
TAMBÉM. O problema da ideologia purista é esse também. Seus defensores não conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assisti ao filme, que a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos brasileiros) quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou três gatos pingados).

O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo) é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa”, no exato momento em que a defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que defendem rejeitaria imediatamente. Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: “Como é que fica então as concordâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: “E as concordâncias, como é que ficam então?”

23 de abril de 2011

Estudante que desrespeitar professor poderá ser punido!

15/4/2011 9:40,  Redação, com Agência Câmara - de Brasília
 
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino.
Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente.
A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.
De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

9 de abril de 2011

Tragédia no RJ

Quando liguei a TV na manhã do dia 07, fiquei perplexa. Por segundos acreditei estar assistindo uma noticia dos EUA ou da Europa. Parece que noticiário de jovens entrando nas escolas e comentando assassinatos de forma brutal, só ocorre no exterior.
Infelizmente eu estava enganada...
No noticiário comentou-se que o atirador fora estudante da escola, nunca havia repetido o ano e sem relatos de apresentar dificuldades de aprendizagem  acentuadas.
Seria ele um aluno quieto tanto quanto era como adulto?....
Notamos as crianças agitadas, sem disciplina, repetentes, brigonas... Esquecemos de perceber os silenciosos, aqueles que parecem não estarem presentes na sala. Estes não "incomodam"! Conseguimos "dar aula"...
A tragédia no RJ me faz refletir sobre estas outras crianças, as "não perceptíveis"...
Esperamos atitudes de agressão e violência de estudantes “mal comportados”, com dificuldades na aprendizagem, repetentes, sem qualquer estrutura familiar, mas não dos “silenciosos”....
É impossível deixar de se envolver emocionalmente com esta tragédia!

Curso: Fonológica e Letramento

FONOLÓGICA E LETRAMENTO
Um trabalho para o desenvolvmento da leitura e da escrita criativas
Objetivos: Contribuir para a compreensão da consciência fonológica e sua relação com a aquisição da leitura e da escrita.
Público alvo: Acadêmicos e Profissionais: professores, pedagogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e demais interessados.
Programa:· Dia: 15/04 – Aprendizagem
· Dia: 29/04 – Alfabetização e Letramento
· Dia: 06/05 – Hipóteses da escrita; Análise de modelos de escrita
· Dia: 13/05 – Leitura; O trabalho integrado entre escola e família
· Dia: 20/05 – Dificuldades e transtornos de aprendizagem; Estratégias para a sala de aula
· Dia: 27/05 – Avaliação e tratamento
· Dia: 03/06 – Consciência fonológica: princípios básicos, alfabetização e letramento
· Dia: 10/06 – Consciência fonológica e a educação infantil, ensino fundamental e EJA
· Dia: 17/06 – A consciência fonológica em sala de aula: passo-a-passo de um trabalho didático interdisciplinar
· Dia: 01/07 – A construção de materiais para sala de aula e terapia
Ministrante: Profª. Esp. Robianca Munaretti – Graduada em Fonoaudiologia, Psicopedagoga e Especialista em Saúde Pública
Local: ULBRA/Canoas Sala/Auditório: 130 Prédio: 6
Data: 15/04 a 01/07/2011          Horário: 18h às 22h
Carga horária: 40 h/a           Investimento: R$ 120,00
Turmas: 25 alunos no máximo
Contato: Robianca Munaretti - Fonoaudióloga - Psicopedagoga
(51) 8129.0450         (51) 8507.3983

História e Educação - Ciclo de Cinema na UFRGS-

Vale a pena conferir!
“VIDA É JOGO, JOGO É HISTÓRIA! ESPORTE E CIVILIZAÇÃO”
Ciclo De Cinema, História e Educação -Sala Redenção - Cinema Universitário - UFRGS
De 16 de Abril a 25 de junho de 2011     Sábados às 15h:30min.
Curso de Extensão + Certificado R$ 20,00
Inscrições: dia 15/04, das 17 h as 20h e Sábado dia 16/04 a partir das 14 h - Salão de Atos UFRGS
Programação:
16/4     1) Camelos, carneiros e cavaleiros: civilização ou Barbárie?
Os cavaleiros do Buskashi (The Horsemen). 1971.
Comentadores: Cesar Augusto Barcellos Guazzelli e José Rivair Macedo
30/4      2) Boxe, Guerra Fria e Rocky Balboa: a ideologia e o golpe numa era.
Rocky IV 1985.
Comentadores: Fatimarlei Lunardelli e Charles Sidarta Machado Domingos
07/5     3) Por trás das linhas de cal surge os caminhos do nacionalismo alemão: passado, presente e futuro pelo cinema.
O Milagre de Berna (Das Wunder von Bern). 2003.
Comentadores: Gerson Fraga e Maurício Borsa
14/5     4) A classe operária ‘não’ vai ao paraíso: o futebol no mundo globalizado.
A procura de Eric (Looking for Eric) 2009.
Comentadores: Luis Augusto Fischer e Rafael Hansen Quinsani
21/5     5) “Os seus, os meus os nossos”: mito, esporte e os ídolos na vida cotidiana.
O caminho de San Diego (El camino de San Diego). 2005.
Comentadores: Arlei Damo e Álvaro Klafke
28/5     6) As cores da civilização: EUA, que país é este?
Homens Brancos Não Sabem Enterrar (White Men Can’t Jump). 1992.
Comentadores: Nilza Silva e Walter Güinter Lippold
04/6     7) A inocência da civilização: o esporte na Belle Époque.
Carruagens de fogo (Chariots of fire). 1981.
Comentadores: Carla Brandalise e Miguel Stédile
11/6     8) O medo do esporte: os descaminhos da civilização
Munique (2005).
Comentadores: Christian Karam e Diorge Konrad
18/6 9) “Invicto mas inacabado”: esporte e Apartheid na África do Sul
Invictus (Invictus). 2009.
Comentadores: Luiz Dario Teixeira Ribeiro e Jéferson Garcia
25/6     10) A disputa no(do) futuro: civilização ou Barbárie?
Rollerball – Os Gladiadores do Futuro (Rollerball). 1975.
Comentadores: Cesar Augusto Barcellos Guazzelli e José Orestes Beck
Visite nosso blog e confira diversas atrações:
E-mail: cicloesportecinemaufrgs@gmail.com

3 de abril de 2011

Comentário sobre leituras

Tendo como finalidade o aluno desenvolver habilidade de reflexão em busca de uma resposta, interpretação, análise e de síntese, o professor deveria introduzir nos planejamentos de aula atividades que contemplem diferentes leituras. Temos acesso  a uma diversidade de gêneros de todos os tipos textuais – Narração, Descrição, Argumentação, Injunção e Exposição - sejam eles oriundos de um livro escrito ou de um suporte eletrônico, ajuda-nos, como diz Hernández (1998. p. 69), a criar atividades que: “[...] apresentem novidades, proponham perguntas, sugiram paradoxos, de forma que permita ao aluno ir criando novos conhecimentos.”
A produção textual coletiva, além da interação proporciona oportunidades de questionamentos e levantamento de hipóteses da melhor forma de se contar, com suas palavras, a história escutada, de maneira que qualquer pessoa ao lê-la poderia entendê-la.

13 de março de 2011

Ditados diferentes!

O ditado não precisa ser realizado sempre da mesma forma: o professor lerá  as palavras  e o aluno deverá escrevê-la.
Postei algumas maneiras de se fazer ditados de uma forma diferente! Bom trabalho!

(*)Variação de ditados interativos O ditado interativo implica problematizar a grafia das palavras: letra/dígrafo que gerou dúvida, confusão; implica, às vezes, consulta ao dicionário.. Podemos ditar palavras e frases, porém devemos cuidar a quantidade. O importante é a qualidade da exploração.

DITADO 1 – Frase
A professora dita a frase:
Uma menina caiu no pátio da escola.
Intervenção: quantas palavras há na frase que eu ditei?
Indicar no quadro as lacunas de acordo com o número de palavras da frase.
Explorar palavra por palavra, inclusive letra maiúscula inicial e pontuação.
Como escrevo a palavra “menina”?
Se alguém errasse, como poderia ser essa escrita?
E assim sucessivamente com cada palavra.
Obs.: Usar palavras significativas dos textos trabalhados

DITADO 2: Mudo com letra
Mostrar uma letra e os aluno deverá escrever uma palavra com a letra indicada
                    Mudo com objetos
Pequenos objetos retirados de um saco, caixa ou baú. Escrever as palavras correspondentes aos objetos.

DITADO 3: Autoditado
A  partir de campos semânticos variados (um campo escolhido de cada vez).
Exemplo:
Palavras: tristes; alegres; quentes; frias; que lembram futebol, escola, bairro, cidade, mar, Verão, Inverno... Ditado de frutas, de peças do vestuário, de partes do corpo...
Obs.: Interessante mostrar a eles a diversidade de idéias após a escrita. A professora pode escolher algumas para explorar a grafia no quadro. Após dar um tempo (1min) suspender a escrita com palmas.

DITADO 4:Apagão:
A professora escreve a palavra no quadro e, em seguida, apaga para os alunos escreverem a palavra retirada cuja grafia ficou na memória.

DITADO 5: Imagens interessantes:
Os alunos escrevem palavras que inferiram da imagem apresentada. Podem incluir sensações, sentimentos. Poderá ser entregue  uma imagem para cada aluno.

DITADO 6: De sílabas:
Mostrar uma sílaba em cartela. Os alunos deverão escrever uma palavra que contenha essa sílaba.
Poderá ser utilizada  uma cartela na qual falta apenas uma sílaba da palavra.

DITADO 7:  Palavras inventadas
Mostrar cartelas com  as  palavras  com as sílabas ou letras fora de ordem. Conter  uma regularidade trabalhada antes (letra R, por exemplo):    ripote; micarrapo; tarpidaco; Henropato; cranolito

DITADO 8:  Focalizado:
Escrever letras ou dígrafos no quadro. Avisar que nas palavras ditadas sempre vai aparecer a letra ou dígrafo indicado no quadro: palavras com “gu”, “ch”, “rr”, ‘qu”, “lh”, “nh”, “ss,” “ç”, m/p e m/b,  etc.
Ex. guerra, guitarra, Guilherme, seguir, conseguir, esguichar, guia, preguiça, gueto. *Analisar por que motivo é necessário o dígrafo.

DITADO 9:  Números
Mostrar a palavra por extenso e os alunos escreverão o numeral correspondente.  E vice-versa.

(*) Retirado do material didático recebido na Oficina de Linguagem FACED/UFRGS. Prof. Maria Izabel Dalla Zen. 

10 de março de 2011

Planejamento semanal: alfabetização

Sugestão de um planejamento semanal para uma turma de alfabetização
Segunda:
Apresentação de um pequeno texto:
Poderá ser escrito no papel pardo ou  no quadro, lido para a turma(pelo prof ou aluno) 
Lista de palavras: Exploração oral (alunos) sobre o texto lido – contar a história com suas palavras.
Escrita das palavras no quadro – . As palavras são “escolhidas” por eles que também poderão escrevê-las no quadro de giz, onde serão corrigidas pela turma. Colocar todas as palavras que  falarem e salientar somente 10.
Trabalhar oralmente estas palavras – Primeiro escrita inteira e depois particionada em silabas. Não precisa trabalhar todas as palavras, somente aquelas que o professor achar mais necessária para a aprendizagem de toda a  turma para que seja feito uma  lista escrita pelos alunos destas palavras. SEMPRE de forma lúdica, brincando com as palavras.

 Terça:
Retomada das palavras. Cartaz com as palavras. Atividades relacionadas: Bingo, charadinha, escrita de pequenas frases, completar frases, diferentes ditados, cruzadinhas, cruzadão, etc. – no máximo duas atividades.
Atividade matemática: “Puxar um gancho” com o trabalho anterior. Não precisa especificar que será atividade matemática. Procurar fazer a última atividade dos alunos posicionados conforme será o trabalho de matemática. Sugestão: trabalho em pequenos grupos. É mais rápido e organizado.

Quarta:
Retomada da atividade matemática. Lembrar exercício anterior. E entregar uma atividade de sistematização, sem que a presença do professor seja necessária, para que neste momento cada grupo possa ser atendido enquanto o resto da turma faz uma atividade. Sugestão: Utilizar folhinhas com atividades diferenciadas atendendo as necessidades individuais. 
Retomada do texto: Atividade com as palavras. Ver exemplos de atividades da segunda.

Quinta:
Retomada das palavras e atividades individuais. Folhinhas de sistematização das palavras trabalhadas durante a semana.
Retomada em matemática. Jogos ou folhinhas matemáticas.
Neste dia poderá ser feito no final da aula um ditado avaliação das  palavras do “Baú”.  As mesmas poderão ser sorteadas ou não. O professor falará as palavras.

Sexta:
Retomada de algumas palavras para que sejam colocadas no "Baú" de palavras. Neste momento o professor poderá retirar as “palavras da semana”, explorar rapidamente com a turma e colocá-las no Baú. Sugestão: Fazer um ditado avaliação utilizando-se das palavras retiradas do texto da semana e de outros textos trabalhados anteriormente.
Antes do final da aula fazer uma breve retomada das aprendizagens construídas. Este é um bom momento para toda a turma relatar as atividades ou momentos marcantes que aconteceram durante a semana.

Momento do conto na sala ou na Biblioteca: Leitura de literatura (livre ou contada pelo professor). Procurar  Não utilizar esta leitura como base do  trabalho a ser realizado em sala de aula (texto de base), mas explorar a interpretação da história lida: O que os alunos entenderam da história? Como iniciou? Quem são os personagens? O que aconteceu? Como terminou? Explorar esta leitura de forma lúdica.

Todas as atividades deverão ser criadas com objetivos. É preciso saber: Por que dar esta atividade e não aquela? O trabalho de alfabetização é interdisciplinar pois podemos escolher vários textos contendo todos os conteúdos, suportes e gêneros a serem trabalhados. O que vai diferenciar é o objetivo de cada atividade.
PROCURAR TRABALHAR O MAIS LÚDICO E DIVERTIDO POSSÍVEL. 
Isto não quer dizer que não tenhamos que exigir limites e trabalhá-los dia a dia. Todos os dias, todos os meses e todo o ano. Isto é  Educar!  – Ensinar sem perder a ternura jamais.